Motores com problemas em aviões novos

O excesso de eficiência parece estar provocando atraso nas entregas

Por Ernesto Klotzel Publicado em 15/05/2017, às 13h45 - Atualizado às 14h10

 
A geração recente de jatos comerciais convencionais está sendo motorizada por propulsores até  mais modernos que as respectivas células, com relação ã economia de combustível, emissões poluentes e nível de ruído. Ao que parece, este pacote de novas qualidades está dando dores de cabeçaaos próprios fabricantes das aeronaves e, claro, aos dos motores.
 

A Bombardier e a Airbus estão encontrando dificuldades com o turbofan com caixa de redução PurePower da Pratt & Whitney a ponto de dar uma pausa em suas encomendas, e a Boeing suspendeu o programa de ensaios de voo de seu novo 737 Max devido a anomalias nos discos das turbinas do motor Leap1B fabricadas pela CFM (joint venture GE e Safran).

Até então, a Boeing não havia notado nada de anormal, mas a Safran a alertou sobre o potencial de risco existente. As 20 aeronaves de ensaios e pré-entregas foram inspecionadas e reintegradas à operação, A primeira entrega dos 737Max à Lion Mentari Airlines da Indonésia, está prevista para 22 de maio.

Os problemas com os motores P&W, que parecem pertinentes ao próprio projeto, estão sendo estudados e não estão prejudicando as vendas do novo jato CSeries, segundo a Bombardier. O CEO da empresa, Alain Bellemare, informou que um dos rolamentos necessita de um upgrade e um revestimento interno do combustor que necessita de reforço.
 
No entanto, segundo Bellemare, o motor tem sidoconfiável em operação e os índices de regularidade excedem as expectativas nas duas companhias aéreas que, no momento, operam a aeronave canadense. A Airbus utiliza o mesmo motor básico em seus A320neo, porém alguns fornecedores e prestadores de serviço são diferentes.
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