Militares querem novos Air Force One sem sistema de abastecimento em voo

Medida proposta pela força aérea dos Estados Unidos tem como objetivo cortar custos

Por Ernesto Klotzel Publicado em 13/09/2017, às 08h00 - Atualizado em 12/09/2017, às 09h44

A Força Aérea dos Estados Unidos (USAF) está propondo a eliminação do sistema de abastecimento em voo nos dois  Boeing 747-8i que estão sendo preparados para se tornarem os novos “Air Force One”.

A medida, que pretende reduzir os custos da modificação, tem caráter puramente econômico, o que não deixa de surpreender, pois a capacidade de ampliar o alcance dos “Air Force One” anteriores por meio do abastecimento em voo era considerada uma questão essencial para a segurança das operações. 

De acordo com a publicação Defense One, o alto escalão da USAF alega que o modelo recente da variante 747-8i tem alcance suficiente para ligar qualquer parte do mundo com Washington.  

Até então, o abastecimento em voo era considerado como uma maneira de manter o “Air Force One” em voo – e o presidente protegido – em caso de crise. De acordo com os relatórios da USAF, incluindo os adepto da modificação, o recurso nunca foi utilizado, embora existam certos questionamentos.  

A Defense One informa que esta e outras medidas são parte da iniciativa da USAF para permitir ao presidente Donald Trump atingir a meta de redução em US$ 1 bilhão no custo estimado de US$ 4,2 bilhões para a substituição dos dois Boeing 747-200 utilizados atualmente, como “A Casa Branca com asas”.

Entre outras medidas de economia que estão sendo estudadas são a de um interior de cabine “mais comercial”, e uma climatização normal e não um upgrade em umidifcação do ar como no Boeing 787.

A USAF não está intervindo com os sistemas seguros de comunicações, autodefesa e nos sistemas elétricos mais reforçados, necessários para alimentar todos os sistemas das aeronaves.

A USAF já economizou certa quantia ao adquirir os 747-8i – que estavam ‘armazenados’ – após a falência da aérea russa que os havia encomendado.