Por Santiago Oliver Publicado em 13/12/2014, às 00h00
Trata-se do mais antigo Boeing B-17 Flying Fortress e o único modelo D que existe. Seu nome original era Ole Bestsy. Ele participou de várias missões de bombardeio nas terríveis semanas que se seguiram ao ataque a Pearl Habor, ocorrido naquele fatídico 7 de dezembro de 1941. Mais tarde batizado como The Swoose, o avião serviu como transporte do general George Brett, comandante das forças aéreas aliadas no Pacífico Sul e esteve no Brasil, cuja bandeira está pintada num painel ainda preservado na sua fuselagem. Poucas horas depois do ataque a Pearl Harbor, o Ole Betsy realizou sua primeira missão de combate nas Filipinas e depois foi enviado para Java. Em 11 de janeiro de 1942, três caças japoneses provocaram severos danos no Ole Betsy durante um combate na costa de Borneo. O pessoal de manutenção na Austrália substituiu a danificada cauda por uma de outro D, além de também substituir os motores e transformar a aeronave num transporte armado. O capitão Weldon Smith, piloto particular do general Brett, deu-lhe um novo nome, batizando-o “The Swoose”, um pássaro metade cisne (swan) e metade ganso (goose). Depois de servir no Pacífico, passando por várias bases na zona de combate e ter combatido alguns inimigos, o general Brett voltou aos Estados Unidos e levou com ele o “The Swoose” (que tinha – e ainda tem – um grande desenho do estranho pássaro na fuselagem). A aeronave teve todo seu armamento retirado, passou por uma revisão geral e o general continuou a usá-lo como seu transporte pessoal até o final de 1945, período em que viajou por vários países latino-americanos, inclusive o Brasil, pintando suas bandeiras num painel branco sobre a parte dianteira da fuselagem. O “The Swoose” é talvez o único B-17 a ter permanecido em operação durante toda a guerra. Atualmente, o “The Swoose” está sendo restaurado no National Museum of the United States Air Force, em Dayton, Ohio, onde será colocado em exposição.