Editorial - Edição 244
Redação Publicado em 01/09/2014, às 00h00
Um candidato à presidência da República do Brasil morreu após a queda de um jato executivo moderno, com uma tripulação qualificada, dentro da Área Terminal São Paulo, no aeroporto que serve ao mais importante porto do país, em condições meteorológicas adversas, mas normais para um voo de rotina. A despeito dos aspectos técnicos, que dependem das investigações do Cenipa para serem esclarecidos, talvez tenha chegado o momento de discutir a aviação geral com mais seriedade. Temos a segunda maior frota de aeronaves leves do mundo e ocupamos um território de dimensões continentais carente de rodovias de qualidade e ferrovias. O transporte aéreo irregular, privado ou comercial, precisa de mais infraestrutura para voar com segurança e menos burocracia para operar com agilidade.
Aviões a pistão, turbo-hélices, jatos executivos e helicópteros interligam o país e movimentam a economia doméstica. Durante a Labace 2014, as conversas pelos corredores de Congonhas mostraram que a feira recebe visitantes cada vez mais qualificados e, apesar das oscilações meteorológicas – com calor, chuva e frio em três dias –, gerou negócios para os principais expositores do evento, mesmo em um ano com quedas pontuais da atividade econômica.
Um dos destaques da maior feira de aviação executiva da América Latina este ano foi a certificação de tipo dada pela Anac ao Embraer Legacy 500, que estampa nossa capa. Tivemos oportunidade de voar o novo midsize brasileiro em São José dos Campos, com direito a ground school e simulador, e testar seu comemorado sistema full fly-by-wire.
Ainda nesta edição, um voo a bordo do A350 em sua primeira visita ao Brasil, a festa dos clássicos em Oshkosh, alguns dos aeroportos mais restritos do mundo e a estreia do colaborador Carlos Eduardo Pellegrino com um oportuno artigo sobre os tablets na aviação.
Bom voo,
Giuliano Agmont e Christian Burgos