Acordo com norte-americanos garante que britânicos tenham baseada em seu território maior frota mundial dos novos F-35, totalizando 192 aviões
Por Oswaldo Gomes Publicado em 28/06/2016, às 14h00 - Atualizado às 15h28
No último relatório de revisão da Defesa Estratégica e Análise de Segurança publicado em novembro de 2015, a Grã-Bretanha havia registrado sua intenção de adquirir 138 caças F-35B Lightning II, versão de decolagem curta e pouso vertical, que serão operados pela Royal Air Force e a Royal Navy. Além das aeronaves britânicas, o Reino Unido pode receber outros 54 caças F-35 da United States Air Force, que devem ficar baseado em Lakenheath, como parte do seu 48th Fighter Wing. A unidade é subordinada ao Air Command Europe, o comando geral da força aérea norte-americana criada em 1952, no início da Guerra Fria e que operam atualmente apenas o F-15. O envio destas aeronaves para a região fará com que o leste da Inglaterra detenha o maior contingente de F-35 no mundo, com 192 aeronaves.
Atualmente coalisão opera F-15 (acima) e Panavia Tornado no Reino Unido.
A operação do F-35 no Reino Unido deve ter início em 2020, baseando as aeronaves norte-americanas e britânicas, o que, de acordo com os líderes de ambos países, trará benefícios mútuos.
O estimado é que o processo de entrega total destas aeronaves dure 10 anos. Durante a transição, foram criados grupos de trabalho para estabelecer como as duas nações poderão interagir e integrar os esforços para a formação, compartilhamento do espaço aéreo, manutenção das aeronaves e logística.
A operação do F-35 no Reino Unido quebra um marco com mais de 40 anos em que as duas forças aéreas não voam com o mesmo equipamento. A última vez que os dois países operaram o mesmo modelo ocorreu no início dos anos 1970, com o McDonnell Douglas F-4 Phantom, embora o processo não tenha durado muito tempo, já que anos mais tarde os britânicos passaram a operar com o F-111 Aardvark.