Conceito para a estabelecer a reestruturação prevê compra de apenas parte dos ativos
Por Edmundo Ubiratan Publicado em 17/10/2017, às 18h30 - Atualizado em 20/10/2017, às 17h04
A Lufthansa submeteu uma carta-oferta expressando o interesse em adquirir parte das operações da Alitalia, com interesse em partes da malha aérea global, assim como o negócio ponto a ponto doméstico e europeu. A proposta alemã prevê a criação da chamada NewAlitalia, que será reestruturada com um modelo de negócios focado que poderá desenvolver perspectivas econômicas de longo prazo.
A Alitalia desde meados dos anos 2000 vem sofrendo com uma série de problemas, que tornaram inviáveis todas as tentativas de socorro a empresa.
2008 – Criada em 1946, a Alitalia se tornou uma das principais empresas aéreas da Europa, mas problemas diversos levaram a companhia a declarar estado de insolvência. O processo, similar a lei de recuperação judicial brasileira, seguiu o mesmo modelo adotado na tentativa de recuperação da Varig, onde a empresa foi dividida em duas. A parte endividada foi liquidada, com ativos, como rotas, funcionários, aviões e estrutura, foi vendida. No mesmo ano surgiu a Compagnia Aerea Italiana, que manteve o nome fantasia Alitalia e se fundiu com a Air One.
2009 – O grupo Air France-KLM adquire 25% do capital da empresa italiana
2014 – A Etihad Airways adquire 49% das ações
2015 – Air France-KLM se retira do negócio, ao mesmo tempo que a Etihad passa a deter 51% da companhia
2016 – Novamente, envolvida numa série de problemas administrativos, a Alitalia volta a apresentar resultados negativos e se aproxima da falência. A empresa cancela seus voos para Pisa, Moscou, Praga, Berlim, Catania e Tirana.
2017 – Sem novos investidores a Alitalia volta a tentar atrair novos dono. EasyJet e Ryanair chegam a cogitar um aporte financeiro pelo controle da companhia.