Apesar dos números da economia, mercado de aviões e helicópteros em missões de negócio continua crescendo cerca de 5% ao ano no Brasil há seis anos
Por Edmundo Ubiratan Publicado em 01/09/2014, às 00h00
A 11º edição da Latin American Business Aviation Conference & Exhibition manteve um clima otimista para aviação executiva no Brasil. Mesmo considerando uma eventual escalada do dólar, a indústria acredita no potencial do país, sobretudo por conta da necessidade de interligação entre os grandes polos econômicos e o interior. Depois de meses fracos antes e durante a Copa do Mundo, o mercado voltou à atividade, acentuado pela proximidade da Labace, mas temendo nova oscilação diante das eleições. Na prática, os dois períodos de retração das atividades podem levar a consolidação de números inferiores em 2014 na comparação com 2013.
Os dados apresentados no Anuário Brasileiro de Aviação Geral 2014 ajudam a quantificar a importância e o valor econômico da aviação geral dentro da economia brasileira, conforme destacou o presidente da Abag, Eduardo Marson, na cerimônia de abertura da Labace. Segundo ele, mesmo diante do crescimento modesto do PIB (Produto Interno Bruto), a aviação geral brasileira manteve números impressionantes, registrando crescimento de 4,9% em 2013. Nesse período, a frota brasileira atingiu a marca de 14.648 aeronaves, com um total superior a 800 mil voos nos 12 meses de 2013. “Nos últimos seis anos, o crescimento médio da aviação geral brasileira ficou entre 5 e 6%”, contabiliza Marson.
Ainda que o crescimento tenha sido 1,9% menor do que o registrado em 2012, a frota nacional incorporou no ano passado 756 aeronaves, sendo 283 novas e 473 usadas. Durante o último ano, as operações da aviação geral brasileira totalizaram cerca de 1,88 milhão de horas voadas em quase 814.000 voos. São números que não apenas colocam o Brasil como o segundo maior mercado de aviação geral do mundo, atrás apenas dos Estados Unidos, como também preservam a confiança dos expositores na Labace.
O resultado final da atividade produtiva em 2013 demonstrou um VAB (Valor Adicionado Bruto) direto de R$ 12,5 bilhões e 24.238 empregos diretos, segundo a Abag. A indústria nacional entregou 208 aeronaves para o mercado nacional e internacional, o que gerou uma receita de R$ 3,6 bilhões e representa 29% do VAB direto da aviação geral.
A Embraer aproveitou a Labace para apresentar a certificação do novo Legacy 500. A cerimônia contou com a presença dos principais executivos do fabricante brasileiro, assim como de autoridades da Anac e da Aeronáutica. A Embraer espera receber nas próximas semanas a certificação da americana FAA (Federal Aviation Administration), seguida da licença da EASA (European Aviation Safety Agency).
O programa de ensaios em voo contou com quatro protótipos que realizaram uma extensa campanha para avaliar o funcionamento e a confiabilidade de todos os sistemas e equipamentos. A frota de ensaio do Legacy 500 realizou mais de 1.800 horas de voo. Pelo menos 20.000 horas de testes foram conduzidas em laboratórios, equipados com bancadas de integração dos sistemas aviônicos, elétricos, hidráulicos e ambientais.
A produção em série do Legacy 500 já foi iniciada e a primeira entrega está prevista para este mês de setembro. Até seis aeronaves serão fabricadas em 2014 e o aumento da produção vai ocorrer ao longo de 2015. “Os requisitos de projeto do Legacy 500 foram alcançados ou superados, obtivemos maior alcance e melhor desempenho de pista do que originalmente esperado”, comemora Marco Túlio Pellegrini, presidente da Embraer Aviação Executiva.
A Embraer ainda mostrou durante o evento o Phenom 100E, o Phenom 300, o Legacy 650 e o Lineage 1000E, além de apresentar suas soluções em serviços e suporte ao cliente. Mesmo diante do crescimento abaixo do esperado da economia brasileira, a Embraer se revela confiante em relação ao futuro, em especial com o mercado nacional e a Labace. “A feira é uma vitrine importante para a aviação executiva na América Latina e proporciona uma grande oportunidade de exposição das inovações e diferenciais tecnológicos dos nossos produtos”, diz Breno Corrêa, diretor de Marketing e Vendas da Embraer Aviação Executiva para a América Latina.
Embraer anunciou certificação do Legacy 500 durante a Labace
A Textron Aviation esteve presente pela primeira vez no evento e apresentou praticamente toda sua linha de produtos Beechcraft e Cessna, além das novidades da Bell Helicopter. A relevância do mercado latino-americano para o grupo ficou evidente pela presença de 13 aeronaves acompanhadas por seus parceiros regionais, a Líder Aviação, que representa a marca Beechcraft, e a TAM Aviação Executiva, com a Cessna e a Bell. O vice-presidente de Vendas para a América Latina e Caribe, Robert Gibbs, confirmou que a intenção do grupo é manter ambos os representantes com suas respectivas marcas. “A Líder e a TAM agregam valor para o nosso cliente final”, revela o executivo.
Para Gibbs, a Labace 2014 teve uma característica peculiar. “Tivemos menos volume de contatos, mas a qualidade dos visitantes melhorou. Foram negociações mais frutíferas. Em resumo, uma boa feira”, avalia o executivo. “Uma vantagem competitiva que pretendemos explorar é que nenhuma companhia da aviação executiva oferece aos clientes na América Latina a gama de aeronaves e o suporte que a Cessna, a Beechcraft e a Bell, com a possibilidade de oferecermos uma linha de crédito comum, da Textron”.
Esteve presente na Labace o recém-lançado Bell 505 Jet Ranger X, o mais novo membro da família Jet Ranger, que deve brigar pelo segmento de helicópteros leves a turbina, incluindo os setores parapúblico e militar. Atualmente, a Marinha do Brasil estuda renovar a frota de Jet Ranger III utilizada pelo Esquadrão HI-1 na instrução aérea e a Bell acredita que a excelente experiência da Marinha com o Jet Ranger pode ser um diferencial na escolha do novo treinador.
Outro destaque da Textron foi o Cessna Citation M2, que recebeu recentemente a certificação final da aviação civil no Brasil e na Argentina, o que permite a entrega das primeiras encomendas em ambos os países. Segundo a Cessna, desde que o modelo foi certificado, em dezembro de 2013, por FAA e EASA, já foram entregues 30 exemplares do Citation M2. “O mercado na América Latina tem mostrado grande interesse no Citation M2 por conta de sua competitividade em custo de aquisição e seu desempenho”, informa Gibbs.
Mais uma novidade da Textron presente na Labace foi o Citation Sovereign+, que deve receber a certificação da Anac ainda em 2014, o que permitirá que as primeiras entregas ocorram no final do terceiro trimestre deste ano. O novo Sovereign se destaca externamente por seus winglets e pelos novos motores Pratt & Whitney Canada PW306D, que oferecem 2.680 kg de empuxo. As melhorias aerodinâmicas e a troca do motor permitiram um aumento no alcance, que agora é de 5.904 km (3.188 nm), assim como melhorou a performance, permitindo ao avião atingir uma velocidade de 460 nós (529 milhas por hora) e subir direto para até 45 mil pés.
O novo cockpit do Sovereign+ foi projetado em torno do chamado Cessna Intrinzic Flight Deck, sendo equipado com a nova suíte Garmin G5000 e com um sistema de autothrottle integrado, que reduz a carga de trabalho e facilita as tarefas do piloto. Também esteve presente o Grand Caravan EX, o mais novo membro da família Caravan, que recebeu uma nova motorização, com o Pratt & Whitney PT6-140, e teve incrementos significativos na performance. Uma novidade foi a melhor integração com a suíte Garmin 1000 e os aperfeiçoamentos no sistema de proteção contra gelo.
Textron promete manter TAM com Cessna e Bell e Líder com Beech
Aeronaves destinadas a missões especiais tanto da Cessna quanto da Beechcraft também mereceram atenção da Textron. A empresa acredita que o alcance e a flexibilidade de sua linha de aeronaves permitirão capitalizar sobre o crescente mercado de missões especiais da América Latina. “Temos sentido um crescimento muito forte em nossas vendas de produtos para missões especiais, principalmente na América Latina”, informa Dan Keady, vice-presidente de Missões Especiais da Textron Aviation. “Com a combinação dos produtos Beechcraft e Cessna, oferecemos agora a maior variedade de plataformas especiais de missão do setor”.
A Beechcraft expos um King Air 350E Special Mission, configurado como demonstrador e que oferecia uma visão geral das capacidades do modelo, de Inteligência, Vigilância e Reconhecimento (ISR), até ambulância aérea. No Brasil, o King Air ainda é tido como um “cavalo de batalha”, atendendo especialmente a empresários do agronegócio, que se baseiam na performance e na robustez da família King Air. Já o Caravan obteve boa aceitação no segmento de missões especiais, assim como em transporte militar, voando até na FAB.
Alternância de calor, chuva e frio não afastou público qualificado. No alto, estande de AERO Magazine
A Pilatus também aposta nas características do seu novo PC-24, o primeiro jato do fabricante suíço, que no Brasil poderá atender tanto o mercado executivo quanto o de missões especiais. Desenvolvido para ser um jato multimissão, o PC-24 promete ser o primeiro avião da categoria a operar em pistas curtas e não preparadas, ao mesmo tempo em que oferece alcance e velocidade compatíveis com os principais concorrentes. Outro destaque é sua ampla porta de cargas, similar à do PC-12, que lhe permite operar numa variada gama de missões e configurações. “Estudamos as necessidades de operadores de aviões similares e perebemos que muitos migram do turbo-hélice buscando maior velocidade, mas se veem frustrados pelas limitações do jato. Desejamos atender esse público e o Brasil deve ser um dos principais beneficiados”, afirma Tom Aniello, vice-presidente de Marketing da Pilatus.
O primeiro protótipo realizou recentemente o roll-out na Suíça, numa singular cerimônia pública, que ocorreu durante o Dia Nacional da Suíça e contou com a presença de 25.000 pessoas. Na Labace, a empresa apresentou a maquete do modelo, que atraiu o interesse de diversos presentes por conta de suas peculiaridades. “A Pilatus teve desde o início do projeto do PC-24 interesse especial no Brasil, tendo realizado diversas pesquisas no país”, garante José Eduardo Brandão, diretor da Synerjet, representante exclusiva da marca no país. A Synerjet aposta no foco para ampliar as vendas do fabricante suíço na América Latina e no Brasil. “Vamos utilizar toda a estrutura de quando tínhamos três marcas, o que permitirá ampliar o alcance da Pilatus na região”, considera Brandão.
A Dassault Falcon apresentou durante a Labace a prévia da cabine do 5X com as dimensões reais da aeronave, o que deu aos visitantes a oportunidade de dimensionar a cross section do novo avião. A cabine do 5X é considerada a mais ampla da aviação executiva, com 1,98 m de altura e 2,58 m de largura, o que amplia a sensação de conforto a bordo. “Será uma aeronave com alcance comparável ao do Global 5000 e do Gulfstream G450, com primeiro voo previsto para 2015 e o início das entregas em 2017”, diz Jean Rosanvallon, CEO da Dassault Falcon Jet.
A Dassault também promoveu o recém-lançado 8X, o primeiro avião da categoria ultralongo alcance do fabricante francês. Atualmente, cinco clientes brasileiros formalizaram o interesse pelo novo flagship da Dassault, com altitude de cabine de 3900 pés. O Brasil continua sendo um dos cinco principais mercados mundiais para a empresa, que durante a crise de 2008/09 chegou a se aproximar do mercado americano. “O Brasil é um mercado importante para a Dassault, somos líderes em nosso segmento e temos investido constantemente no país, como em nosso centro de Sorocaba, que é um dos maiores e mais modernos do mundo”, diz Rodrigo Pesoa, diretor de Vendas para a América do Sul. Mesmo diante de um crescimento modesto do PIB brasileiro, a Dassault mantém a confiança no mercado em função das características atuais da indústria nacional. “Muitas empresas brasileiras possuem negócios e filiais fora do país. Nossa expectativa é que o Brasil continue com um crescimento acima da média, especialmente para aeronaves de grande porte”, conclui Pesoa, que contabiliza 15 jatos 7X voando no país. Durante a Labace, a Dassault organizou jantares a bordo dos jatos Falcon assinados pelo renomado chef francês Erick Jacquin.
Brasil continua sendo um dos cinco principais mercados mundiais para a Dassault Falcon
A Gulfstream trouxe novamente para a Labace seus principais modelos, incluindo o G650, o avião de ultralongo alcance que recentemente ganhou a versão ER (Extended Range), com adição de 500 nm ao alcance, chegando a 13.890 km (7.500 nm). “Muitos clientes buscavam não apenas um maior alcance, mas também um incremento na performance. A versão ER permite maior flexibilidade entre alcance, velocidade e peso máximo de decolagem”, diz Steve Cass, vice-presidente de Comunicação da Gulfstream.
A empresa também aposta no crescimento brasileiro independente das eleições de outubro, baseado no argumento de que a internacionalização do capital brasileiro tornou fundamental o uso de aeronaves de grande porte. “O Brasil continua sendo um dos maiores mercados para aviões executivos no mundo, especialmente para aeronaves de longo curso, e temos tido bons resultados nos últimos anos. Em 2009, tínhamos no país 14 aeronaves, agora temos 40. A frota quase triplicou em cinco anos”, calcula Cass. O Brasil ainda é um importante polo regional para a Gulfstream, que inaugurou as novas instalações da sua unidade de suporte em Sorocaba e agora possui um hangar com mais de 4.000 m².
A Bombardier trouxe para a Labace o Challenger 350, que entrou em operação em junho de 2014 e foi apresentado pela primeira vez no Brasil, e também o novo Learjet 75, que está em turnê mundial, assim como os consagrados Challenger 605 e o Global 6000. O Brasil, ao lado do México, é o maior mercado da Bombardier na América Latina e a empresa mantém perspectivas positivas para o mercado brasileiro. “A Bombardier tem uma carteira de pedidos sólida e diversas entregas planejadas para o país”, afirma Stéphane Leroy, vice-presidente regional de Vendas para a América Latina. A previsão da Bombardier para a América Latina é de um crescimento de 3% nos próximos 20 anos, com a entrega de mais de 2.130 jatos executivos na região.
O destaque do fabricante deste ano ficou por conta do Challenger 350, que fez sua estreia no país e se destaca pelo elevado desempenho em sua categoria. Com um alcance real de 5.926 km (3.200 nm) pode transportar até 9 passageiros e decolar com tanque cheio dos principais aeroportos do mundo. “De São Paulo, é possível atingir toda a América do Sul com o Challenger 350”, explica André Bosquê Monteiro, gerente geral de Vendas Bombardier da Líder Aviação.
Mais um estreante na Labace foi o turbo-hélice Daher Socata TBM 900, que expôs na feira seus novos winglets. Quem circulou pela exposição estática em Congonhas também pôde constatar as mudanças no cone de cauda, na entrada de ar do motor, no estabilizador vertical e, principalmente, na hélice, que ganhou uma quinta pá. A família TBM prima pela flexibilidade aliada ao baixo custo operacional. A nova versão 900 decola com até 726 m de pista e pousa com 741 m, performance desejável para aqueles que têm entre seus destinos pistas remotas. Capaz de subir a 31.000 pés em 18 minutos, o novo TBM tem alcance de até 3.304 km, neste caso a uma velocidade de 252 ktas. Em velocidade máxima de cruzeiro, que é de 326 ktas, o alcance cai para 2.666 km. A Algar Aviation, representante da marca no Brasil, já comercializou quatro aeronaves no Brasil, o que elevará a frota nacional de aviões TBM para 22 unidades.
Bombardier Challenger 350 pousou pela primeira vez no Brasil
Quem também esteve presente no evento foi a Eclipse Aerospace, com seu novo representante no Brasil, a Aerofox. A empresa paranaense levou para a Labace o Eclipse 500, embora tenha promovido a atual versão do modelo, o Eclipse 550. O novo representante da Eclipse no país espera mostrar ao mercado brasileiro os diferencias que fizeram do Eclipse um divisor de águas na aviação mundial. O atual 550 agrega conforto, e velocidade, voando a 41.000 pés, com custo operacional comparável ao de bimotores a pistão, assim como um dos menores custos de aquisição entre os jatos leves. A Aerofox também anunciou que está concluindo o processo para homologar a primeira oficina brasileira para a família Eclipse. “Já temos credenciados os mecânicos e a oficina, basicamente aguardamos a liberação do ferramental, que está na Receita Federal, para podermos ter a primeira oficina no Brasil”, garante Paulo Andre, da Aerofox.
O Eclipse 550, certificado em 2012, custa US$ 2,65 milhões (FOB) e mantém a mesma seção de fuselagem do modelo EA500, mas conta com melhorias em diversos sistemas, que reduziram o custo operacional e melhorarem o desempenho.
Mais uma estreia da Labace foi a do Quest Kodiak K-100, um utilitário multimissão de asa alta, trem de pouso fixo, com capacidade para transportar nove passageiros. O monomotor turbo-hélice, impulsionado pelo motor Pratt&Whitney P&W PT6A-34 de 560 kW (750 shp) de potência, decola em menos de 300 m de pista carregando o peso máximo de decolagem de 3.290 kg, segundo o fabricante. Com uma razão de subida na faixa de 395 m/min (1.300 pés/min), o Kodiak cruza facilmente beirando os 340 km/h (183 nós). O vice-presidente de Vendas e Marketing da Quest Aircraft, Stephen Zinda, está otimista. “Esperamos ter pelo menos 30 aviões Kodiak voando no Brasil nos próximos cinco anos”, prevê o executivo.
A Piper, representada no Brasil pela J.P. Martin, apresentou na Labace o consagrado Seneca V, considerado um dos aviões mais bem-sucedidos na categoria e que tem mantido um bom número de vendas no país.
Finmeccanica mostrou o interior do AgustaWestland AW169
No mercado de helicópteros, a Finmeccanica expos duas versões do AgustaWestland AW109 na Labace, a Power e a GrandNew, além do interior VIP do AW169, cujas ordens no Brasil e outros países sul-americanos já ultrapassam 20 unidades. O AW169 deve estar certificado até o fim de 2014. Outra novidade da marca, lançada na Heli-Expo deste ano e prevista para ser certificada em 2015, é uma versão com trem de pouso fixo e nova aviônica do A109, batizada Trekker. Com assentos para o piloto e até sete passageiros, outro representante da família, o GrandNew atinge uma velocidade de cruzeiro de 154 nós (285 km/h). Segundo o fabricante, as vendas da família AW109 na América Latina chegam a mais de 150 unidades Power, Grand e GrandNew. A frota sul-americana total da Finmeccanica-AgustaWestland ultrapassa as 300 aeronaves em operação. Já o novo AW189, recém-certificado, que pode alcançar mais de 500 mn, é uma aposta dos italianos principalmente para o mercado off-shore. Segundo John Arbach, gerente regional de Vendas para a América do Sul, a AgustaWestland investiu quase 15% de seu faturamento para desenvolver e certificar seis aeronaves nos últimos cinco anos.
A Helibras anunciou durante a Labace o novo procedimento especial de facilitação aduaneira, o Linha Azul, que vai possibilitar menor prazo de tramitação pela alfândega nas operações de importação de peças e materiais para aeronaves dos clientes que estejam na linha de montagem ou em manutenção. “O prazo menor permite à Helibras reduzir não apenas os prazos de manutenção ou montagem, mas também parte dos custos”, comenta François Arnaud, vice-presidente Comercial e de Marketing da Helibras. A subsidiária da Airbus Helicopter realizou na feira a entrega das duas aeronaves expostas, um AS350 B3e e um EC130 T2, este último para um cliente da região Nordeste, uma das com maior crescimento no país.
“Com o helicóptero, é possível sair da Avenida Faria Lima, em São Paulo, e chegar ao Aeroporto de Guarulhos em 7 minutos. De carro esse tempo pode chegar a 2 horas ou mais”, comenta Rogério Andrade, presidente da Avantto, empresa especializada no compartilhamento de aeronaves. “O empresário hoje reconhece na aviação uma forma de ganhar dinheiro e não mais um luxo para os finais de semana”.
Colaborou Giuliano Agmont