Acordo deverá passar por comitê misto formado por autoridades civis e militares
Por Edmundo Ubiratan Publicado em 11/09/2018, às 16h30 - Atualizado às 16h40
O acordo entre a Embraer e a Boeing poderá ter de ser aprovado por uma comissão mista, envolvendo um conselho representado por autoridades civis e militares. A justificativa está no fato do governo brasileiro ter ações de Golden Share, com poder de veto, e a maior parte do capital da Embraer estar nas mãos de investidores estrangeiros.
A ação foi decidida pelo juiz federal Victorio Giuzio Neto, da 24ª Vara Cível Federal de São Paulo, que poderá obrigar o presidente Michel Temer a convocar o Conselho de Defesa Nacional, para se manifestar sobre a operação de joint venture.
O conselho é formado pelo vice-presidente da República, os presidentes do Senado e da Câmara dos Deputados, os comandantes da Aeronáutica, Marinha e Exército, assim como alguns ministros.
A Embraer e a Boeing esperam concluir ainda este ano um acordo de fusão da divisão de aviação comercial, onde o fabricante brasileiro deteria 20% de uma joint venture firmada com a gigante norte-americana. O temor dos envolvidos no negócio é a incerteza gerada pela eleição e os rumos econômicos e políticos do país no próximo ano.