Jato comercial russo Sukhoi SSJ 100 já mostra sinais de fadiga

Mal foi lançado, o Superjet 100 já foi proibido de voar

Ernesto Klotzel Publicado em 27/12/2016, às 14h44 - Atualizado às 15h38

 

Rosaviatsia, a autoridade de regulação russa, decretou o grounding da frota do mais novo jato comercial do país, o Sukhoi Superjet 100, por apresentar sinais de fadiga do metal na seção da empenagem. Um fenômeno natural que só deveria se manifestar em aeronaves muito antigas, o que não é, certamente, o caso do SSJ 100.

O modelo tem uma importância especial por ser o “balão de ensaio” da indústria aeronáutica civil com relação à sua qualificação como fabricante de aviões comerciais. O grounding é o mais recente retrocesso para o jato russo que já passou por um penoso lançamento.

A maioria dos jatos civis russos é operada por empresas regionais. Após o anúncio do grounding, a Aeroflot – importante cliente Sukhoi – cancelou em um só dia, 21 voos domésticos em pleno período de festas. A Rosaviatsia ordenou o grounding temporário, após a regional IrAero ter detectado sinais de fadiga no estabilizador de um Superjet. A Sukhoi anunciou a inspeção de toda a frota “para apoiar a aeronavegabilidade das aeronaves civis que fabrica”. 

A Aeroflot, cliente relutante em operar jatos comerciais russos, opera 29 Superjet, lançados e, 2008. A companhia aérea encomendou 50 aeronaves de um novo modelo para alcance médio Irkut MS-21, fabricados pela igualmente russa, United Aircraft Corp. O Sukhoi Superjet SSJ 100 é fruto de uma joint-venture com fornecedores aeroespaciais europeus, incluindo os aviônicos da Thales e os motores da Safran, ambos franceses.

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