Conflito levanta dúvidas sobre a retomada do setor aéreo para o pós-pandemia
Marcel Cardoso Publicado em 24/02/2022, às 15h55
Desde as primeiras horas desta quinta-feira (24), com a invasão de tropas russas à Ucrânia, o preço das ações das principais companhias aéreas despencou nas bolsas de valores internacionais.
As mais afetadas foram a russa Aeroflot, que, em resposta ao conflito, foi banida do espaço aéreo britânico. Suas ações caíram quase 30%. Logo atrás, vieram a indiana IndiGo (-10,76%) e a Easyjet (-5,9%). Na América Latina, até o início da tarde, a Azul Linhas Aéreas teve queda de 8,66% e a Latam Airlines, 2,14%.
Os analistas veem risco na disponibilidade de gás natural e de petróleo, que são produzidos na Ucrânia e na Rússia, na mudança nas rotas de aeronaves em voos internacionais, que implicam em aumento de custos, e no aumento do custo do seguro no transporte como alguns fatores que preocupam o setor, em um momento de recuperação dos efeitos da pandemia de covid-19.
O diretor geral da Associação Internacional do Transporte Aéreo (Iata), Willie Walsh, disse que o órgão “está ajudando a facilitar o compartilhamento relevante e oportuno de informações com companhias aéreas de fontes governamentais e não governamentais para apoiar as companhias aéreas enquanto planejam suas operações em torno do fechamento do espaço aéreo na Ucrânia e em partes da Rússia”.