GE Aviation produz bicos injetores em impressoras 3D
Ernesto Klotzel Publicado em 30/03/2015, às 14h00 - Atualizado às 14h26
Durante o Dubai Airshow 2013 a GE Aviation e a Emirates Airline assinaram um concordo de US$11 bilhões referente à compra de 300 motores GE9X, que vão equipar os Boeing 777X da empresa árabe.
A encomenda não marcou apenas a venda de um novo modelo de motor ou aeronave, mas especialmente o triunfo da tecnologia aeronáutica. A produção de um motor como o GE9X, que são mais leves e econômicos sem novos processos de produção. A resposta, está na manufatura aditiva ou impressão 3D.
Para muitos de nós, a impressão em 3D é uma tecnologia emergente que faz manchetes periodicamente quando alguém imprime algo inusitado, como um automóvel completo ou uma peça no espaço. Entretanto, o valor real da impressão em 3D reside na engenharia de precisão. A GE Aviation utiliza o laser como fonte de energia para sinteruzar (derreter) o material em pó em pontos definidos pelo modelo em 3D, aglutinando o material para formar uma estrutura sólida. O potencial dessa tecnologia levou a GE adquirir, no final de 2012, a Morris Technologies e sua coirmã Rapid Quality Manufacturing, especializadas em tecnologia 3D.
Em paralelo, a GE Aviation e a Parker Aerospace também estabeleceram uma joint-venture, Advanced Aviation Technologies, para fabricar bicos injetores avançados.
Normalmente os bicos injetores são montados com cerca de 20 peças diferentes. Com a manufatura aditiva os engenheiros podem montar uma peça única por meio da deposição sucessiva de materiais. Neste processo os projetistas enviam o projeto digital as impressoras 3D que fundem camadas sucessivas de metal em pó, cada qual com 20 micras de espessura, até atingir o formato desejado. O processo permite a gestão de projetos complexos, impossíveis de implementar com os processos anteriores. Além disso as peças são mais leves que aquelas forjadas, já que não exigem os complexos níveis de soldagem.