A idade média da frota de jatos comerciais dos Estados Unidos

A idade média da frota dos Estados Unidos é relativamente alta. No Brasil, por exemplo, os aviões são bem mais novos, em média. Mas, considerando o número total de aeronaves voando em nosso vizinho do norte, os números impressionam. Um lista preparada pelos norte-americanos, das frotas mais velhas às mais novas, dá uma dimensão da importância que a manutenção tem na gestão de uma empresa aérea. 

Allegiant Air 
Idade – 19,8 anos

A frota é tão velha que a maioria de seus aviões é formada por McDonnell Douglas MD-80/MD-90, cuja fabricação cessou há 17 anos. A Allegiant também opera dois Boeing 757 (fora de produção desde 2004) e cerca de 12 Airbus A319/320 pouco mais jovens.

Delta Air Lines 
Idade – 17 anos.

Comparando com a Allegiant, a frota parece muito mais nova, embora a Delta opere quatro vezes mais MD-80/MD-90. Os 747 da Delta são ainda mais antigos, com 25,9 anos de idade. Seus jatos mais recentes incluem 19 Airbus A321 adquiridos, em média, há menos de um ano. Para ter uma sensação de “avião jovem”, recomenda-se embarcar em um dos 160 Boeing 737NG que tem apenas 9 anos.



Unites Airlines
Idade – 14,3 anos.

A companhia foi a primeira entre as aéreas tradicionais a operar o novo Boeing 787 Dreamliner, hoje com uma frota de 32 destes widebody. São os mais novos da frota, cuja idade média é de 2,5 anos. O modelo seguinte mais novo é o Boeing 737NG, com 10,4 anos. A United opera uma frota de 340 Boeing 737.  

Southwest Airlines
Idade – 11,8 anos

A companhia opera, exclusivamente, aeronaves Boeing e apenas um modelo: o 737, em suas diferentes variantes. Dos modelos “clássicos”, como o 737-300, -400 e - 500, com idade média de 22 anos, aos modelos “próxima geração”, como o 737-600, -700, -800 e -900. Os custos de treinamento de pilotos e de manutenção são mais baixos pelo fato de a Southwest só utilizar um modelo básico do avião e de um mesmo fabricante.

American Airlines 
Idade – 10,8 anos

O que ajudou a baixar a idade media da frota foi a aquisição de 25 novos Boeing 787 e Airbus A321 (cerca de 208 aeronaves). Cabe à American a dúbia honra de se igualar à Delta no quesito de tipos diversos na frota: ao todo, 11 modelos. O que permite à American customizar cada tipo de operação com o modelo mais adequado, embora não facilite em nada os serviços de manutenção.  

 
Hawaiian Airlines 
Idade – 10,8 anos.

Com uma frota de apenas 51 aeronaves, a Hawaiian Airlines é a menor das tradicionais aéreas norte-americanas nesta lista. A frota é dividida quase igualmente entre Boeing 717 e 767 (mais de 15 anos ) e Airbus A330 (4,2 anos em média). 

JetBlue Airways
Idade – 9,2 anos

A JetBlue quase imitou o plano de negócios da low cost Southwest, mas não inteiramente. Enquanto a Southwest opera somente Boeing, e todos de um só modelo, a JetBlue é, basicamente, um “território” Airbus 320. Também opera uma frota mais nova de A321 (1,8 ano) e algumas  dezenas de aviões menores Embraer 190/195.
 

Alaska Airlines 
Idade – 8,9 anos

Como a Southwest, a Alaska também é “território Boeing 737”. Em matéria de idade, a frota de 8,9 anos é uma das mais novas do setor e tende a ficar ainda mais jovem com o passar do tempo. No ano passado, a Alaska fez uma proposta de US$4 bilhões para adquirir a Virgin America  - operadora exclusiva da família Airbus A320 – com 7,4 anos, ainda mais nova. Caso a transação chegue a bom termo, em 2019 a idade da frota da Alaska Air baixará para uma média de 8,5 anos por aeronave. 

Frontier Airlines 
Idade – 7,3 anos.

Como a Virgin America, a Frontier opera uma frota exclusive de Airbus, sendo igualmente uma jovem de 7,3 anos. Ao contrário de todas as outras nesta lista, a companhia é de controle privado, não negociada na Bolsa.

Spirit Airlines 
Idade – 6,6 anos.

Todos os seus aviões são Airbus: A319, A320 e A321. Até o momento, a Spirit Airlines pode se orgulhar de posuir a frota de menor idade média do país. Como curiosidade vale lembrar que no mais recente relatório “Airline Quality Report”, a Spirit não foi a primeira colocada no quesito Qualidade de Serviço, que ficou com a Frontier – a segunda frota mais “jovem” dos Estados Unidos.