Gulfstream divulga resultados superiores do terceiro trimestre

Problemas com cadeia de suprimentos limitou entregas da Gulfstream em 27 aviões durante o terceiro trimestre

Por Edmundo Ubiratan Publicado em 28/10/2023, às 11h00 - Atualizado às 15h08

Aviões de fuselagem larga e ultralongo alcance seguem como os principais produtos da Gulfstream - Gulfstream

A Gulfstream Aerospace segue enfrentando desafios com os problemas na cadeia global de suprimentos, que se traduziu em um menor número de aviões entregues no terceiro trimestre deste ano. No período foram 27 aeronaves, uma redução de oito unidades quando comparado ao terceiro trimestre de 2022.

As entregas entre julho e setembro incluíram 22 aviões de cabine larga e cinco de cabine média, ante os 28 de cabine larga e sete médios do ano passado. Ainda assim, a empresa mantém o otimismo em relação as novas encomendas, com expectativa de entregar até 45 aviões no último trimestre do ano.

“Estamos no caminho certo para entregar entre 40 e 45 aeronaves atualmente em serviço no quarto trimestre”, disse Jason Aiken, CFO da General Dynamics, durante a teleconferência de resultados do terceiro trimestre.

O resultado embora inferior ao previsto, foi ligeiramente melhor que o trimestre anterior, com alta de três unidades entregues. Porém, mesmo com uma forte recuperação nos últimos três meses de 2023 é pouco provável que a Gulfstream cumpra sua meta de entregar 145 aviões no ano.

A Gulfstream ainda espera receber até o final do ano a certificação da FAA, a agência de aviação civil dos Estados Unidos, para o G700 que é o maior avião da empresa, com quatro zonas de cabine e alcance intercontinental.
“Continuamos planejando a certificação no quarto trimestre deste ano, dependendo em grande parte da disponibilidade de recursos da FAA”, destacou Aiken.

A recuperação dos números de entregas depende de uma melhora ou completa normalização das cadeias de suprimento. Embora o setor aeroespacial já assista uma considerável recuperação, a Gulfstream, durante a apresentação dos resultados, foi mais cautelosa e afirmou que não pode confirmar qualquer avanço, que um cenário mais realista só poderá ser sentido a partir do próximo ano.

Com a redução das entregas, as receitas da General Dynamics, conglomerado que controla a Gulfstream e a Jet Aviation, registrou queda de US$ 315 milhões, atingindo a marca de 2,03 bilhões no período.  Por outro lado, o lucro líquido da General Dynamics foi de US$ 836 milhões, a partir de receitas totais de US$ 10,6 bilhões.

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