Protótipo do modelo Gripen E, encomendado pela Força Aérea Brasileira, mantém velocidade supersônica durante testes em voo na Europa
Por Edmundo Ubiratan e Ernesto Klotzel Publicado em 09/11/2017, às 09h24 - Atualizado às 09h26
Com apenas três meses após seu voo inaugural, o caça Gripen E ultrapassou pela primeria vez a barreira da do som. O avião sustentou uma velocidade supersônica por diversos minutos durante a campanha de ensaios em voo na Europa. O protótipo, que decolou pela primeira vez em 15 de junho, soma agora pouco mais de 20 horas de voo.
Os testes conduzidos sobre o Mar Báltico tinham como objetivo validar a performance e a manobrabilidade da aeronave em velocidades supersônicas durante a realização de diversas manobras. O avião manteve voo acima de Mach 1 por diversos minutos, demonstrando tanto a integração do design refinado em relação ao modelo anterior como a capacidade do novo motor.
O programa Gripen NG, que inclui os modelos Gripen E e Gripen F (biposto), foi escolhido pela Força Aérea Brasileira para reequipar a aviação de caça nacional. O projeto conta com ampla parceria da indústria aeronáutica brasileira, incluindo da Embraer.
O acordo prevê que parte dos aviões sejam montados no Brasil, na unidade da Saab que será construída em São Bernardo do Campo, na região metropolitana de São Paulo, enquanto a montagem final ocorrerá na unidade da Embraer, em Gavião Peixoto, onde também será produzido o KC-390.
O primeiro modelo destinado ao Brasil deve realizar seu primeiro voo em 2019, contando com algumas diferenças pontuais em relação ao Gripen sueco. A maior delas é a adoção do WAD (Wide Area Display), similar ao painel utilizado no F-35 Lightning II. O sistema que será incorporado ao Gripen da FAB é fornecido pela brasileira AEL, responsável por fornecer também o HUD (Head-Up Display) e o HMD (Helmet Mounted Display).