Novo modelo prevê a venda em blocos de aeroportos e Infraero deve permanecer com Congonhas e Santos Dumont
Redação Publicado em 16/09/2016, às 15h30 - Atualizado às 16h18
O Governo Federal após uma série de atrasos e cancelamentos conseguiu estruturar a lista com os novos aeroportos que serão leiloados, na nova rodada de privatizações. Após a mudança na presidência, as regras sofreram algumas alterações e incluem mais dez aeroportos (Curitiba, Recife, Belém, Vitória, Goiânia, Cuiabá, Manaus, Maceió, São Luís e Foz do Iguaçu), que serão leiloados após a primeira rodada que inclui Fortaleza, Salvador, Porto Alegre e Florianópolis. A previsão do governo é fechar a rodada de leilões no segundo semestre de 2017.
No entanto, ao contrário das iniciativas anteriores, a venda dos novos aeroportos será em blocos. Quem arrematar um aeroporto central deverá levar até três aeroportos secundários e de baixa rentabilidade. Entre os aeroportos que podem ser leiloados nesses blocos estão Jacarepaguá, no Rio de Janeiro, Pampulha na região central de Belo Horizonte, e Juiz de Fora. O objetivo é evitar que aeroportos com baixo volume de tráfego fique com o Estado, que deverá destinar importantes recursos para a manutenção do sistema numa época de baixo fluxo de caixa e cortes consideráveis no orçamento.
A Infraero ainda deverá passar por uma série de analises, sem um futuro definido. Interlocutores no Planalto afirmam que a empresa provavelmente será transformada numa holding, com a criação de uma subsidiária de capital aberto, que terá como principais ativos os aeroportos de Congonhas e Santos Dumont, assim como aeroportos médios, mas sem interesse imediato de venda por parte do governo. Além disso, entre suas atividades estará o controle de tráfego aéreo. A redução no tamanho da estatal visa torna-la mais rentável ao mesmo tempo que permitirá uma melhor gestão dos recursos e ativos. A rede da Infraero até a venda dos aeroportos de Guarulhos, Brasília e Viracopos, reunia aeroportos com movimento inferior aos 50 mil passageiros ao ano, a outros com que movimentavam mais de 20 milhões de passageiros.
Atualmente sem seus principais aeroportos, a Infraero se tornou deficitária e uma redução nos ativos pode ajustar o fluxo de caixa e a gestão da estatal.