Entrega do último 747 da UPS aproxima o fim da produção do eterno Jumbo
Por Edmundo Ubiratan Publicado em 13/04/2022, às 15h22
A gigante cargueira UPS recebeu seu último Boeing 747-8F encomendado. O avião matriculado como N633UP elevou a frota de Jumbos da UPS para um total de 41 aeronaves.
A UPS é atualmente a segunda maior operadora global da família 747, atrás apenas da Atlas Air, que tem 45 aviões e deverá receber justamente as últimas quatro unidades produzidas.
O 747 sairá de linha no final do ano, após 53 anos de produção ininterrupta. O Jumbo, como ficou conhecido o 747, surgiu de uma demanda da extinta Pan Am para um avião de grande capacidade, praticamente o dobro do antecessor, o 707, mas com alcance intercontinental. Uma série de variantes foram lançadas, com maior capacidade e alcance. A série -8, também conhecida como 747-800, foi lançada em meados dos anos 2000 para atender especialmente a necessidade do mercado cargueiro por um avião com maior capacidade de transporte e menores custos operacionais.
N633UP- The final 747-8F for @UPSAirlines departs @FlyPaineField on a rainy day to @FlyLouisville for delivery. 4 747 left which are for @AtlasAirWW pic.twitter.com/3tdPgjIvKH
— Baqir (@Baqir_KPAE) April 9, 2022
Com motores derivados do GEnx, utilizados pelo 787 Dreamliner, o 747-8 tem custos operacionais menores que o 747-400, mesmo levando mais carga e voando mais longe. O 747-8F tem uma carga paga (payload) de 133 toneladas, apenas 17 toneladas a menos que o Antonov An-124-150, mas com alcance de 4.265 nm (7.400 km) quando carga máxima.
Um dos destaques do 747 é sua porta de cargas no nariz, que permite o embarque de grandes volumes de carga, em especial conteúdo indivisível. Ainda que o mercado global tenha dado preferência aos bimotores, como o 777-300ERF, a versão convertida do 777-300ER, que tem um volume de cargas próximo do 747, seu entrave está em não permitir o embarque de grandes volumes.
Porém, o grande interesse do mercado de carga aérea não foi visto entre as empresas de transporte de passageiros, com apenas a alemã Lufthansa encomendando o 747-8 Intercontinental, mas com um pedido que não chegou nem aos 20 aviões.