Problemas no treinamento e idade da frota levam força a revisar procedimentos de segurança de voo
Por Ernesto Klotzel Publicado em 10/08/2017, às 16h00 - Atualizado em 11/08/2017, às 12h54
Após dois acidentes fatais do mês passado, os Fuzileiros Navais dos Estados Unidos (United States Marine Corps), analisam a possibilidade de paralisar temporariamente a operação suas aeronaves de asas fixas e rotativas para reforçar as boas práticas de voo.
A proposta prevê que pilotos e equipes de voo possam pensar num processo de reciclagem. A drástica medida ocorre após um V-22 Osprey se acidentar na costa da Austrália durante a operação de pouso no navio anfíbio USS Grey. Tres militares morreram no acidente enquanto outros 23 sofreram ferimentos diversos.
Pouco antes, um C-130 Hercules se acidentou no Mississipi, o que levou a suspensão de voo de todos os 35 KC-130T dos fuzileiros. A medida segue a outra adotada em agosto de 2016, quando as operações com o F/A-18 Hornet foram paralisadas após uma série de acidentes. A época, os comandantes de esquadrões tiveram o prazo de uma semana para cumprir o período de paralização de suas aeronaves, que deveria durar um dia. No mês seguinte, os AV-8 Harrier sofreram a mesma restrição de voo.
Diversos oficiais do corpo de fuzileiros passaram a acusar a falta de investimentos e a envelhecida frota pelos acidentes. Embora sejam aeronaves com média de 30 anos de idade, o uso extensivo aproximou quase a totalidade da frota do seu limite máximo de uso, incluindo do mainframe, o que tem afetado a disponibilidade de horas de voo para treinamento e o número de aeronaves para pronto emprego.