Governo francês pretende reforçar proposta do Rafale junto à presidente Dilma Rousseff
Redação Publicado em 09/12/2013, às 17h15 - Atualizado em 11/11/2014, às 11h34
Na próxima quinta-feira (12), o presidente francês François Hollande, chega ao Brasil para uma visita oficial. Entre os temas na agenda do governo da França está o F-X2, que aguarda uma definição, agora com a aposentadoria compulsória dos Mirage 2000, pode voltar à tona.
Ainda que o Rafale seja visto dentro do Comando da Aeronáutica como a terceira opção, a comitiva francesa vem acompanhada de altos executivos da Dassault, que esperam aproveitar a aposentadoria do Mirage e os casos de espionagem americana, para convencer o governo brasileiro de optar pelo Rafale.
No passado o presidente Lula chegou a anunciar o Rafale como vencedor do programa F-X2, num ato que desagradou tanto a Força Aérea quanto o Ministério da Defesa, criando assim um embaraço político para o Brasil. Desfeito o mal entendido e com a mudança de governo, o americano F/A-18 SuperHornet surgiu nos bastidores como o favorito, em especial devido ao interesse da Boeing e da Embraer numa parceria para uma série de programas, entre eles o KC-390.
Após os escândalos envolvendo a NSA (National Security Agency), a assinatura do F-X2 foi cancelada e o SuperHornet passou a ser um fardo político. Mesmo sendo favorito entre os militares, um acordo com os americanos passou a ser encarado pelo Planalto como um problema político tendo em vista as eleições de 2014. Porém, os constantes problemas com os contratos militares francês, em especial com a Marinha, tem levantado certas desconfianças do Brasil em relação aos acordos com a França.
Agora com os gastos cada vez maiores da Copa, parece que o projeto F-X2 foi novamente congelado e segue na pauta a aquisição de aeronaves usadas, onde o F-16C/D surge como uma opção em Brasília.