Com mais de 2.000 animais a bordo, o alarme de incêndio do avião disparou ao detectar no compartimento de carga excesso de gás metano, altamente inflamável
Redação Publicado em 06/11/2015, às 17h00 - Atualizado em 07/11/2015, às 18h33
Um fato inusitado marcou a aviação nesta semana. Um Boeing 747-400F da Singapore Cargo realizou um pouso de emergência por um motivo definitivamente atípico. O alarme de incêndio da aeronave disparou quando sensores instalados no compartimento de cargas detectaram excesso de gás metano. O curioso é que o gás, altamente inflamável, não vazou de nenhuma tubulação do cargueiro. Para surpresa geral, conclui-se posteriormente que a situação perigosa foi provocada pela presença de 2.186 ovelhas a bordo. Sim, imagine essa quantidade de animais soltando gases durante 45 minutos em um ambiente confinado e pressurizado – onde a pressão interna do corpo é maior e provoca a expansão dos gases.
O voo SQ7108 havia partido de Sydney, na Austrália, com destino a Kuala Lumpur, na Malásia, sendo obrigado a pousar no meio do caminho, na cidade de Bali, na Indonésia. Embora o alarme de incêndio tenha sido acionado, as equipes de emergência do aeroporto não encontraram nenhum vestígio de fogo a bordo. Como faltava pouco para a conclusão do trajeto, os tripulantes decidiram prosseguir com o voo até o destino originalmente previsto, desta vez sem incidentes.
A companhia aérea não divulgou o dono da carga. O transporte aéreo de animais vivos é um dos mais complexos e delicados para companhias cargueiras. A operação exige uma série de cuidados e precauções, como suporte aos animais, meios de manter a alimentação, segurança a bordo e assim por diante.