Raytheon desfaz a parceria com a Leonardo para o projeto T-100
Ernesto Klotzel Publicado em 27/01/2017, às 16h09 - Atualizado às 16h14
As duas companhias, que participavam da concorrência instituída pela Força Aérea dos USA (USAF) relativa ao programa T-X, o novo treinador avançado para a formação de pilotos supersônicos, romperam de comum acordo a parceria. A Raytheon não pretende participar da concorrência com nenhum outro parceiro. A joint venture havia sido anunciada em fevereiro de 2016. O T-100 proposto então, baseia-se no treinador avançado Aermacchi M-246 da Leonardo, utilizado pelas forças aéreas da Itália, Israel e Cingapura.
A retirada da Raytheon deixa para a Leonardo uma difícil decisão: participar da concorrência sem um parceiro norte-americano ou perder a chance de participar de um dos contratos mais lucrativos da USAF fora de seus programas de produção de aviões de combate e de bombardeiros. A Leonardo poderia procurar um novo parceiro norte-americano, porém teria de lutar contra o relógio, já que a data de anuncio do vencedor da concorrência foi marcada para este ano.
Em 30 de dezembro último, a USAF publicou a “solicitação de propostas” (RFP) final, para a substituição de mais de 420 treinadores Northrop T-38 antigos, no valor de US$ 16,3 bilhões, para a aquisição de 350 aeronaves. O início das atividades operacionais do T-X é previsto para o quarto trimestre de 2024.