Fabricante já desembolsou mais de 20 bilhões dólares e acertou pagar mais US$ 237,5 milhões
Marcel Cardoso Publicado em 08/11/2021, às 09h15 - Atualizado em 09/11/2021, às 16h32
Boeing 737 foi o avião que mais tempo ficou proibido de voar nos Estados Unidos | Foto: Divulgação
Executivos da Boeing fecharam um acordo com acionistas para pagar US$ 237,5 milhões (R$ 1,33 bilhão) a fim de encerrar um processo movido pelo Estado de Nova York (EUA) e outros interessados contra a fabricante, por conta dos problemas envolvendo o 737 MAX.
O acordo foi apresentado a um tribunal do Estado de Delaware e será exigido, entre várias providências, que o conselho de administração tenha três diretores com notória experiência em segurança, além da criação de uma ouvidoria para que funcionários da Boeing possam fazer queixas em relação à qualidade do trabalho.
Entre o fim de 2018 e o início de 2019, dois acidentes envolvendo aeronaves da Lion Air e da Ethiopian Airlines mataram 346 pessoas, culminando na suspensão das operações do modelo, que durou de março de 2019 a dezembro de 2020. Apesar do acordo, os executivos não admitiram as irregularidades e afirmam que estavam agindo ‘no melhor interesse da Boeing e de seus acionistas’.
Desde que o imbróglio começou, a Boeing já desembolsou cerca de US$ 20 bilhões (R$ 111,8 bilhões) em multas e compensações.