Caças F-16 e F-35 interceptaram pela segunda vez, nesta semana, um bombardeiro Tu-95 e caças Sukhoi russos que voavam próximo ao Alasca
Por André Magalhães Publicado em 16/02/2023, às 19h15
Um bombardeiro Tu-95 e caças Sukhoi Su-30 e Su-35 russos foram interceptados ontem (15), pelo Comando de Defesa Aeroespacial Norte-Americano (NORAD). Os aviões estavam em espaço aéreo internacional, mas foram abordados ao voarem na Zona Identificação de Defesa Aérea (ADIZ), próximo do Alasca.
A operação novamente contou com caças F-35A e F-16 que já haviam sido acionados para uma missão similar dois dias antes.
— North American Aerospace Defense Command (@NORADCommand) February 16, 2023
Os dois F-35 e a dupla de F-16 foram apoiados por um avião de alerta aéreo e controle E-3B Sentry e por um avião-tanque KC-135 Stratotanker.
"As aeronaves das Forças Aeroespaciais da Rússia realizam todos os voos em estrita conformidade com as regras internacionais de uso do espaço aéreo", enfatizou Ministério da Defesa da Rússia ao justificar as operações.
"Desde que a Rússia retomou a atividade de aviação de longo alcance em 2007, o NORAD tem visto uma média anual de aproximadamente seis a sete interceptações de aviões militares russas no ADIZ [do Alasca]. Esses números variaram a cada ano, de 15 a zero", publicou o comando militar americano.
Embora seja usual a interceptação de aeronaves russas próximas ao Alasca, assim como de norte-americanas na região do extremo oriente russo, os dois casos envolvendo os bombardeiros Tu-95 e sua respectiva escolta ocorreram dias após uma série de abates feito pela Força Aérea dos Estados Unidos a objetos considerados hostis, incluindo um balão chinês e três ainda não identificados. Um dos objetos em questão foi abatido justamente sobre o estado do Alasca, o território dos EUA mais próximo a Rússia.
No entanto, o NORAD destacou que a operação russa não tem ligação com os recentes objetos não identificados verificados nos últimos dias.