Empresa etíope mantém investimentos e trabalha junto autoridades e a Boeing na investigação da tragédia
Por Santiago Oliver | Fotos: Divulgação Publicado em 05/06/2019, às 14h57 - Atualizado às 15h12
Após registrar um dos mais graves acidentes da história recente, com a queda de um 737 MAX 8, a Ethiopian Airlines diz confiar no potencial de sua marca. Em entrevista a ATW, durante o encontro anual da Iata, que ocorre em Seul, o CEO do grupo Ethiopian Airlines, Tewolde Gebremariam, disse não ver motivos para o mercado desconfiar da companhia.
“Nossa marca ainda é muito forte. Mas até agora não calculamos todos os feitos financeiros, incluindo os nossos quatro 737 MAX restantes” afirmou Gebremariam. A empresa ainda não avaliou um plano para reintroduzir o 737 MAX em operação, o que deverá ocorrer assim que a autorização para uso voltar a ser emitida.
“Como dissemos, a Ethiopian Airlines será a última companhia aérea a levar o MAX de volta ao serviço. Isso porque temos que fazer muitas análises e avaliações por conta própria e depois decidimos”, disse o executivo.
A empresa embora trabalhe em estreita colaboração com as autoridades aeronáuticas e com a Boeing, deverá postergar a volta do modelo aos céus, visando solucionar uma série de questões em aberto. O objetivo é verificar todos os procedimentos e operação do 737 MAX. Gebremariam também enfatizou que o relacionamento de longa data com a Boeing permaneceu forte, não estando a companhia aérea à procura de um novo modelo de aeronave produzido por outro fabricante. “Estávamos muito ocupados lidando com as consequências do acidente. Não temos tempo para investigar outros modelos de aeronaves e a Ethiopian continuará a operar o 737-800”, disse.
Além disso, a Ethiopian Airlines está recebendo seus primeiros Airbus A350-900, que devem voar nos principais destinos da empresa, que deve adicionar a sua malha voos para Houston, nos Estados Unidos, assim como China e novos destinos europeus.