Aeronave projetada por empresa nacional em pareceria com árabes é um dos destaques da principal feira do Oriente Médio
Redação Publicado em 17/11/2017, às 16h00 - Atualizado em 18/11/2017, às 16h54
Uma das principais atrações do Dubai Air Show é o avião de ataque ao solo e treinador avançado B-250. O modelo foi desenvolvido em parceria entre a brasileira Novaer e a árabe Calidus, com foco no mercado hoje dominado pelo também brasileiro, Super Tucano.
O B-250 foi projetado especificamente para realizar missões de combate de insurgência, suporte aéreo e inteligência, vigilância e reconhecimento, além de treinamento avançado. Em comparação com o Super Tucano, da Embraer, que se tornou o mais bem sucedido avião da categoria, o B-250 apresenta capacidade bélica superior, maior número de sensores e equipamentos que podem ser instalados, melhor relação nas acelerações e razões de subida, além de autonomia de até 12 horas.
Um dos diferenciais do B-250 é o uso de carbono permite minimizar o peso da estrutura e otimizar o processo de fabricação. O processo também permite a criação de superfícies mais limpas aerodinamicamente, além de exigir menor manutenção. O conceito tem sido amplamente empregado pelos principais fabricantes aeronáuticos do mundo, como a Boeing com o 787 Dreamliner e a Airbus no A350 XWB, além de modelos de combate, a exemplo do F-25 Lightning II.
O uso de materiais compostos ainda permitiu obter o resultado máximo do mesmo motor utilizado por praticamente todos os aviões da categoria.
O programa do B-250 teve uma duração de pouco mais de dois anos, o que pode ser considerado recorde no setor. “Concebemos, projetamos e fabricamos uma aeronave complexa e sofisticada, totalmente em fibra de carbono, e voamos o primeiro protótipo apenas 25 meses após o início dos trabalhos”, afirma Graciliano Campos, Diretor Presidente da Novaer.
A empresa apresentou também no Dubai Air Show a aeronave T-Xc Sovi, na versão de treinamento militar primário/básico.