Fabricante europeu esperava vender A330neo após modelos receber pouca atenção do mercado norte-americano
Por Edmundo Ubiratan Publicado em 10/04/2018, às 17h00 - Atualizado às 17h20
Na última semana a Boeing anunciou que a American Airlines havia formalizado um novo pedido para 47 unidades do 787 Dreamliner, em um acordo avaliado em US$ 12 bilhões.
O contrato representa um duro golpe para a Airbus, que esperava obter o contrato com a American Airlines, que estudava o A350 XWB, mas havia expectativa que se tornasse o maior operador do A330neo. O modelo derivado direto do A330, como novos motores mais eficientes, oferece redução nos custos de operação, aliado ao preço de aquisição inferior ao de rivais diretos, como o 787 e mesmo o irmão A350. Dias antes, a Hawaiian Airlines desistiu da compra de seis A330neo, em favor também do 787.
No caso da American, a empresa justificou o pedido baseado na padronização da frota, que já conta com o 787-8 em serviço, assim como sua grande aceitação por parte dos passageiros. “A meta era simplificar nossa frota o que tornou o 787 uma escolha mais atraente”, disse o presidente da American Airlines, Robert Isom, em comunicado.
A empresa aérea ainda cancelou um pedido anterior de 22 Airbus A350, feito pela US Airways antes da fusão. O objetivo da American é substituir a frota atual de 767-300 e 777-200 pelos novos Dreamliner, sendo prevista entrega de 22 787-8 em 2020 e outros 25 787-9 com entrega programada para 2023.
Porém, a Boeing sofreu o revés de ter 40 pedidos do 737 MAX postergados pela American Airlines. Os aviões que deveriam ser entregues entre 2020 e 2022 tiveram o contrato adiado, sem definição de uma nova data ou mesmo a confirmação da continuidade do pedido. A empresa norte-americana está readequando e modernizando sua frota, atualmente composta por 951 aeronaves.