Veja 4 passos para reconhecer o chamado TACA e evite riscos a sua segurança
Escrito por Oswaldo Gomes Publicado em 11/02/2019, às 18h45 - Atualizado às 19h05
O transporte aéreo é um dos sistemas mais seguros e confiáveis do mundo. Entre os motivos está a rididez das regras e normas aplicadas ao setor. Todavia, mesmo as agências reguladoras e fabricantes criando sistemas de certificação e treinamento extramente eficientes, a aviação executiva sofre com um grave problema: O Táxi-Aéreo Pirata ou Táxi-Aéreo Clandestino, conhecido ainda como TACA.
O Táxi-Aéreo Pirata ocorre quando proprietários de aeronaves comercializam voos fretados sem a devida homologação junto à ANAC, ou seja, o voo ocorre sem os padrões de segurança exigidos para uma empresa de transporte aéreo público, conforme descreve o RBAC 135 da ANAC. “As aeronaves pertencentes a uma empresa de táxi-aéreo devidamente homologada são submetidas a exigências de altos níveis de segurança e sofrem frequentes fiscalizações de manutenção e seguro da aeronave, além de treinamentos de atualização dos pilotos”, afirma Rafael Dylis, coordenador Comercial da Helimarte Táxi-Aéreo, de São Paulo.
Com um valor consideravelmente mais baixo de comercialização, o Táxi-Aéreo Clandestino capta muitos passageiros que desconhecem tal realidade. Conseguem isso porque as aeronaves usadas nessa modalidade ilegal de transporte possuem custos menores de operação e, com isso, geram uma concorrência desleal. Mesmo considerando modelos iguais de aeronaves, os custos de operação são discrepantes, na proporção de até 70% entre um clandestino e um táxi-aéreo homologado, segundo cálculos de operadores.
De acordo com o executivo da Helimarte, os perigos dessa prática são variados. Há desde a questão fiscal, em que a nota emitida não corresponde ao serviço prestado, até a própria segurança dos passageiros, já que a fiscalização de aeronaves de transporte público é mais rigorosa. No caso da aeronave privada, as manutenções ficam a critério do proprietário, que pode decidir por fazê-las ou não, por sua conta e risco. Muitas vezes as chamadas “aeronaves piratas” voam com pilotos recém-formados, que em casos extremos se submetem a voar sem pagamento para adquirir as horas de voo necessárias para serem contratados por uma empresa homologada e não possuem seguro.
A falta de fiscalização é o motivo da existência dessa prática ilegal no mercado. Segundo Rafael Dylis, da Helimarte, o mercado clandestino evoluiu tanto que essas empresas possuem site e telefone para contato. Com essa infraestrutura virtual e o crescimento do negócio em função dos preços mais baixos em relação aos preços de empresas homologadas, os passageiros não desconfiam da ilegalidade do serviço contratado. A estimativa do mercado é que empresas de Taxi-Aéreo Clandestino voem hoje no Brasil mais do que as Empresas de Táxi-Aéreo Homologado.
Para evitar ser enganado por essas empresas clandestinas ao contratar um táxi-aéreo, seja para um traslado executivo ou para um voo panorâmico, algumas práticas simples podem ser adotadas ao contratar um serviço de táxi-aéreo, veja abaixo os 4 passos: