Emprego de impressão 3D elimina mais de 800 peças em motor de aeronave

Novo turboélice avançado do Cessna Denali foi construído com apenas 12 componentes

Ernesto Klotzel Publicado em 04/11/2016, às 14h21 - Atualizado às 14h37

Ao que tudo indica, a impressão 3D chegou para ficar no mercado aeronáutico. Vice-presidente da GE Aviation, Anthony Aiello anunciou que a maior ênfase na nova tecnologia vai aumentar a confiabilidade e reduzir o custo e o peso dos futuros motores da fabricante. Além de diminuir drasticamente a quantidade de componentes e seu tempo necessário de fabricação. Exemplo desta mudança é o novo turboélice avançado para o Cessna Denali, que passou a ser construído com apenas 12 peças, em vez das 845 necessárias anteriormente.

Seguindo o mesmo caminho, uma equipe de pesquisas conseguiu reduzir os 900 componentes do motor turboeixo GE CT7 para apenas 16, obtendo ainda uma redução de 35% em seu peso. Além de uma maior eficiência de operação. Segundo estudos, peças que normalmente levariam de seis a oito meses para serem fabricadas exigiram somente um mês, quando construídas por meio de impressões em 3D. Atualmente, a GE Aviation ainda utiliza de modo limitado a tecnologia, como em injetores de combustíveis e proteções para o GE90.

“O maior emprego da impressão 3D representa a eliminação de milhares de operações de usinagem e de inspeção; bem como de centenas de plantas de qualidade e contratos de compra”, afirmou a fabricante que disse trabalhar junto com o FAA (Federal Aviation Administration) “para garantir que tudo que está sendo feito possa ser registrado para efeito de certificação a fim de satisfazer os mesmos padrões que as peças forjadas, soldadas ou usinadas”. 

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