Emirates ignora caos aéreo e pode ser processada

Emirates pode ser processada pelo principal aeroporto britânico por não reduzir suas operações

Marcel Cardoso Publicado em 14/07/2022, às 16h47

Companhia aérea opera seis voos diários com o Airbus A380, para até 517 passageiros - Divulgação

A Emirates corre o risco de ser processada pelo aeroporto de Heathrow (LHR), em Londres, por não reduzir suas operações no local, devido à escassez de pessoal para atender os passageiros, principal motivo do caos aéreo no velho continente.

To give our passengers a better, more reliable service this summer and to keep our colleagues safe – we’ll be implementing a departing passenger cap of 100k from today to 11 Sept. Read more from our CEO about why we’re doing this here: https://t.co/kf3WdJeLbe pic.twitter.com/bJSlf3L95f

— Heathrow Airport (@HeathrowAirport) July 12, 2022

Não tivemos escolha a não ser tomar a difícil decisão de impor um limite de capacidade projetado para oferecer aos passageiros uma viagem melhor e mais confiável e manter todos os que trabalham no aeroporto seguros. Seria decepcionante se, em vez de trabalhar em conjunto, qualquer companhia aérea quisesse colocar o lucro à frente de uma viagem segura e confiável de passageiros”, segundo a Heathrow Airport, em comunicado.

A companhia aérea rejeitou oficialmente a determinação de reduzir a venda de passagens, imposta pela administração do local, com o intuito de limitar para 100 mil o número de embarques/dia e disse que vai manter os seis voos diários com o Airbus A380-800, com capacidade para até 517 passageiros, cada.

Além disso, a Emirates acusou o aeroporto de incompetência e desrespeito aos passageiros. Em nota, ela afirmou que os gestores optaram “por não agir, não planejar e não investir". O posicionamento é alinhado ao da Associação Internacional de Transportes Aéreos (Iata), que também criticou os cortes.

Outros operadores aderiram a decisão de LHR, que é semelhante a adotada pelo aeroporto internacional de Schiphol (AMS), em Amsterdã, que reduziu o número de embarques em cerca de 15%, afetando diretamente a KLM, que possui o seu principal centro de operações (hub) ali.

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