Emirates aumenta pressão sobre a Boeing por cronograma do 777X

Companhia já demonstrou interesse em cancelar as encomendas

Marcel Cardoso Publicado em 06/10/2021, às 09h30 - Atualizado às 10h09

Entregas das primeiras aeronaves estão atrasadas em um ano - Foto: Divulgação

O Presidente da Emirates, Tim Clark, colocou mais pressão sobre a Boeing por conta do cronograma envolvendo o 777X, nova variante de seu modelo de fuselagem larga.

Clark alertou que as incertezas sobre este caso podem causar interrupções significativas na companhia, uma das maiores operadoras de widebodies do mundo, e quer ter uma conversa ‘muito séria’ com a fabricante norte-americana sobre os sucessivos atrasos envolvendo o jato, cuja primeira entrega estava inicialmente prevista para junho de 2020. Em maio, ele cogitou cancelar as encomendas, caso os contratos não fossem cumpridos.

Na última posição que a Boeing deu sobre o assunto, ela informou que planeja começar a entregas dos primeiros 777X até o final de 2023, três anos após o previsto. Uma parcela de culpa pelos atrasos é creditada ao prolongamento do processo de certificação, resultado dos acidentes fatais envolvendo o 737 MAX, que culminaram na interrupção das operações deste modelo, que durou 20 meses.

A Emirates efetuou 126 pedidos do 777X, que substituirá o 777-200LR e o 777-300ER. Em maio, a companhia havia manifestado interesse em substituir alguns deles pelo 787 Dreamliner.

 

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