A cidade italiana de Milão entrou em alerta máximo de segurança sanitária após quase metade dos passageiros vindos da China testarem positivo para covid-19
Por Edmundo Ubiratan Publicado em 28/12/2022, às 11h32
As autoridades de saúde de Milão, na Itália, divulgaram que praticamente a metade dos passageiros oriundos de dois voos que chegaram da China testaram positivo para covid-19.
Desde que abandonou a política radical de covid zero a China tem registrado novos surtos da doença. Os dois voos que chegaram a Milão eram procedentes de Pequim e Xangai, as duas principais cidades chinesas.
O ministro da Saúde da Itália, Orazio Schillaci, afirmou que se tornou obrigatório o teste de covid para todos os viajantes vindos da China. É esperado ainda que uma portaria emergencial, que tornará mandatório os testes em todos aqueles que estiveram na China e estão em trânsito pela Itália, seja aprovada ainda hoje (28) pelo parlamento.
“A medida é essencial para garantir a vigilância e identificação de quaisquer variantes do vírus, a fim de proteger a população italiana”, afirmou Schillaci.
Os voos que chegam ao aeroporto de Fiumicino, em Roma, também introduziu hoje testes obrigatórios para todos os voos procedentes da China.
Os swabs usados nos testes realizados no aeroporto de Milão-Malpensa serão agora analisados para avaliar eventuais mutações virais, permitindo assim identificar e combater novas variantes.
“A vigilância e a prevenção, por meio do sequenciamento, são essenciais para identificar prontamente quaisquer novas variantes que possam causar preocupação e que não estejam em circulação no momento na Itália”, disse o ministério da Saúde.
Já os passageiros que testam positivo estão sendo isolados em áreas especiais no próprio aeroporto. Todavia, as autoridades não confirmaram a gravidade dos casos. Ainda assim, a Itália mantém regras de isolamento em vigor desde 2020, que exige a quarentena entre cinco e catorze dias.