A disputa pela portuguesa

Por André Jankavski Publicado em 11/06/2015, às 00h00

A compra pelo controle da companhia aérea TAP, de Portugal, tem sido uma novela, mas é, ao menos, uma válvula de escape para um mercado cheio de problemas. E até agora na disputa, dois “brasileiros”: o americano David Neeleman, controlador da Azul, e Germán Efromovich, nascido na Bolívia e dono da Avianca. Em jogo, uma empresa com 77 aviões, mais de 1 bilhão de euros em dívidas e a disputa pelo terceiro lugar no mercado brasileiro. Segundo analistas, quem se sagrar vencedor nesse negócio contará com uma grande vantagem sobre o outro: os europeus vindos pela TAP podem encher os voos regionais de ambas as companhias. Mais do que isso, independente do vencedor, o IPO da Azul estaria cada vez mais perto, seja para não perder espaço no mercado diante de uma concorrente fortalecida, seja para aumentar o caixa após a compra. “Ela já demonstrou interesse em abrir capital, mas vai continuar dependendo do momento do mercado”, diz Pedro Galdi, analista da Independent Research.

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