Segundo a Anac, foram emitidas 55 passagens aéreas a cada 100 habitantes em 2012
Redação Publicado em 06/11/2013, às 15h53 - Atualizado em 11/11/2014, às 11h34
A demanda pelo transporte aéreo doméstico mais que triplicou nos últimos dez anos, com alta de 234% em 2012, segundo os dados divulgados pela ANAC (Agência Nacional de Aviação Civil). O crescimento médio do transporte aéreo, desde 2003, representou mais de 3,5 vezes o crescimento médio do PIB brasileiro e mais de 14 vezes o crescimento médio da população. O número alcançado em 2012 representou uma proporção de 55 passageiros transportados no modal aéreo para cada 100 habitantes no Brasil. Em 2003, essa mesma proporção foi de 21 para 100.
No total, 107 milhões de passageiros foram transportados em 2012, dos quais 88,7 milhões no mercado doméstico e 18,5 milhões no internacional, distribuídos em mais de 1,1 milhão de voos realizados.
O crescimento da economia brasileira e a redução no preço do valor das passagens são os principais fatores que contribuíram para o crescimento do transporte aéreo nos últimos dez anos.
O aproveitamento dos assentos das aeronaves em voos dentro do país também foi representativa e aumentou 21,5% em dez anos, alcançando 72,9% de ocupação, ante 60% em 2003. Já os percentuais de atrasos superiores a 60 minutos e de cancelamentos foram os menores em dez anos, apresentando redução de 30,8% para o percentual de atrasos e de 68% para o de cancelamentos.
A alta do preço médio internacional do barril de petróleo e a valorização do dólar impactaram diretamente em mais da metade dos custos e despesas operacionais do setor em 2012, ocasionando alta de 0,84% na tarifa aérea média doméstica, que foi de R$ 294,82 em 2012.
Trata-se da primeira alta após três anos consecutivos de redução. Ainda assim, o valor foi 43% inferior do que aquele praticado em 2002.
Em 2012, mais da metade dos assentos das aeronaves (65,3%) foram comercializados com tarifas inferiores a R$ 300 e 13,16% com tarifas menores que R$ 100. As tarifas superiores a R$ 1,500 mil responderam por 0,38% do total de assentos comercializados em 2012. Em 2002,
apenas 22,86% das tarifas foram comercializadas por menos de R$ 300 e 0,05% por menos de R$ 100, enquanto as tarifas superiores a R$ 1.500 mil representaram 1,5% dos assentos comercializados.