Aquecimento do mercado melhorou rentabilidade e permitiu a empresa planejar a retomada da renovação da frota
Marcel Cardoso Publicado em 14/07/2021, às 09h55 - Atualizado às 19h33
Delta Air Lines não via lucros desde o último trimestre de 2019, meses antes da escalada da crise sanitária
A Delta Air Lines registrou o primeiro lucro depois de cinco trimestres, obtendo no segundo trimestre de 2021 ganhos de US$ 652 milhões (R$ 3,33 bilhões). O resultado foi em consequência do aumento acentuado das viagens de lazer e de negócios nos Estados Unidos, bem como a ajuda do governo que cobriu parcialmente os custos.
As receitas no período superaram a previsão inicial, alcançando US$ 7,22 bilhões (R$ 36,9 bilhões), mas ainda abaixo do registrado no segundo trimestre de 2019, antes da pandemia, quando foi registrado US$ 12,54 bilhões (R$ 64 bilhões).
"As viagens de lazer domésticas recuperaram os níveis de 2019 e há sinais de melhora nos negócios e nas viagens internacionais”, disse Ed Bastian, CEO da Delta.
No fim de junho, a empresa tinha US$ 17,8 bilhões (R$ 90,9 bilhões) em liquidez, além de obrigações totais de arrendamento de dívida e financiamento de US$ 29,1 bilhões (R$ 148,6 bilhões). "Olhando para frente, estamos aproveitando o poder de nossa marca diferenciada e vantagens competitivas resilientes para impulsionar a rentabilidade sustentável no segundo semestre de 2021 e permitir a criação de valor a longo prazo”, completou Bastian.
A Delta Air Lines ainda mantém os planos de renovação da frota, inclusive com previsão de receber os Airbus A350 que estavam em serviço na Latam Brasil.
“Com a recuperação ganhando força, estamos fazendo investimentos para apoiar nossa operação. Também estamos adquirindo aeronaves e criando flexibilidade para acelerar nossa restauração de capacidade em 2022 e além de forma disciplinada pelo capital”, completou Bastian.