Sistema automático poderá substituir um dos pilotos no futuro; veja vídeo dele em ação
Ernesto Klotzel Publicado em 20/10/2016, às 12h30 - Atualizado às 15h44
O governo dos Estados Unidos e diversos fabricantes desenvolveram conjuntamente um programa para substituir o segundo piloto em tripulações duplas por um copiloto robô “que nunca cansa, fica entediado, estressado ou distraído”.
O programa, designado como ALIAS (Automated Flight System Flies), é financiado pelo Pentágono e coordenado pela Aurora Flight Sciences, uma empresa privada focada no desenvolvimento de novas tecnologias aeronáuticas. O objetivo é liberar o piloto humano para focar sua atenção em situações de emergência, concentrando suas ações em estratégias aplicáveis a cada caso. No que diz respeito ao restante do voo, o piloto automático assume as funções de navegação e rotina de gerenciamento de cabine.
Uma demonstração do robô foi realizada recentemente quando o complexo conjunto de tubos e hastes (pernas e braços) e uma mão em forma de garra envolvendo a manete de potência ocupou o assento direito no cockpit de um Cessna Caravan. No assento esquerdo, um piloto comandou o colega cibernético por meio de um tablet.
O futuro tripulante pode ler os instrumentos através de um complexo sistema de câmeras e de software que permite enxergar e reconhecer a posição adequada de chaves e interruptores, assim como acioná-los quando necessário. O robô aprende não só com a experiência em pilotar o avião, mas com seu histórico completo de voo, baseado nos últimos recursos de aprendizagem de inteligência artificial.
A ideia, quase de ficção, pode se tornar real e não é uma novidade. Desde meados da década de 1980, diversos fabricantes trabalham em projetos independentes buscando um sistema autônomo de pilotagem. A indústria espera que o futuro robô seja melhor que o piloto de verdade em tudo - exceto em admirar a paisagem pela janela.