Redação Publicado em 12/06/2012, às 14h37 - Atualizado em 27/07/2013, às 18h45
Visitar as instalações de um fabricante aeronáutico como a Airbus é um privilégio. Do complexo construído na pitoresca cidade de Toulouse, na França, saem algumas das máquinas mais vultosas assinadas pelo consórcio europeu. É o caso do novo A350 XWB, que está em processo de montagem e deve voar logo, talvez ainda este ano. A convite da Airbus, AERO Magazine participou entre os meses de maio e junho do Innovation Day 2012 como único representante brasileiro do segmento revista. Lá, entre uma decolagem e outra dos cargueiros Beluga, cerca de 150 jornalistas do mundo inteiro tiveram a oportunidade não só de entrar na cabine em construção do A350 como conversar com os principais executivos da companhia. E são os depoimentos desses dirigentes que ajudam a dimensionar o impacto da chegada ao mercado desse novo bimotor de fuselagem larga, cuja estrutura recebeu mais de 50% de material composto. Destaque para as asas, as mais finas já concebidas pela Airbus. Os detalhes, na matéria a partir da página 54.
Sem deixar o Velho Continente, publicamos nesta edição uma notícia animadora. A ExpoAir Exposições e Eventos, organizadora da Expo Aero Brasil, e a Farnborough International, que promove a tradicional Farnborough Airshow, na Inglaterra, selaram uma parceria para transformar a EAB em uma das maiores feiras aeronáuticas do mundo. Na edição deste ano, mais uma vez realizada em São José dos Campos (SP), em meio ao aquecimento do mercado de experimentais com os esforços da Anac para regulamentar a categoria LSA (Light Sport Aircraft), o clima já era de otimismo. Com o aumento da participação internacional, o Brasil reúne condições para entrar definitivamente no calendário de eventos das grandes empresas do setor aeroespacial.
E um dos destaques da EAB 2012 foi justamente o avião que ensaiamos neste mês, o Volato 400, projetado e construído em Bauru, no interior de São Paulo, com suporte do criador do experimental Pulsar Super Cruiser. De visual limpo e robusto, fruto da aplicação de material composto, o monoplano de asa baixa mostrou-se dócil e seguro sem deixar de ser ágil em voo. Ainda está em fase de desenvolvimento, principalmente no que diz respeito ao acabamento, mas reitera o potencial do país como celeiro de projetos aeronáuticos.
Ainda em AERO 217 uma matéria para trazer luz às discussões acaloradas em torno das diferenças entre monomotores e bimotores. Qual é o mais seguro? Qual escolher na hora da compra? As respostas estão em um esclarecedor comparativo assinado por nosso colaborador e conselheiro editorial Jorge Filipe de Almeida Barros. E mais: as perspectivas em relação à fusão entre a Azul e a Trip, que promete criar uma verdadeira gigante regional no país assinada por nosso amigo Santiago Oliver
Em tempo: é com satisfação que reintegramos à equipe de colaboradores de AERO Magazine o engenheiro de voo e jornalista aeronáutico Ernesto Klotzel, que passa a nos brindar com suas prospecções sobre o futuro da aviação. Bem-vindo de volta!
Bom voo,
Giuliano Agmont e Christian Burgos