Como o Gripen NG venceu o Programa F-X2

Após 15 anos de protelações, mudanças de rota, muito jogo nos bastidores do poder, gafes e um escândalo internacional de espionagem, o Brasil escolhe seu novo caça

Por Edmundo Ubiratan, de brasília / Fotos Saab Group Publicado em 29/01/2014, às 00h00 - Atualizado em 30/01/2014, às 00h18

Se o programa de renovação dos caças da Força Aérea Brasileira fosse uma Copa do Mundo, o Saab JAS-39 Gripen seria uma daquelas seleções que não goleia, não dá espetáculo, mas ganha pela regularidade e pelo bom conjunto. O Gripen venceu o primeiro programa F-X, em 2002, quando o governo do então presidente Fernando Henrique Cardoso oficializou o caça sueco, em detrimento do favorito Dassault Mirage 2000BR, que não sairia do papel. Com o F-X2, o Gripen venceu novamente adversários poderosos no ar e nos corredores do poder. No governo Lula encarou a preferência política pelo Dassault Rafale e, depois, na gestão Dilma, viu o Boeing F/A-18 Super Hornet ganhar a liderança, mas, ainda assim, manteve-se no páreo. Tanto que, mesmo longe do favoritismo político, em um relatório revelado pelo jornal “Folha de São Paulo”, em 5 de janeiro de 2010, o Comando da Aeronáutica apontava o Gripen NG como o vencedor, de acordo com os critérios técnicos adotados. Na ocasião, o relatório foi ignorado pelo governo e, três dias depois, o então ministro da Defesa, Nelson Jobim, admitiu que revisaria o documento. De forma a justificar a escolha do Rafale, os critérios foram modificados, adequando-os à conveniência política, algo duramente criticado pela Aeronáutica. Meses depois, um novo relatório favoreceria o Boeing F/A-18 Super Hornet. Por fim, o último relatório, divulgado dias antes do anúncio oficial, mostrava a clara vantagem do Gripen NG, que parecia voltar da repescagem para vencer a final do torneio nos acréscimos da prorrogação.

Em 17 de dezembro, após compromissos no Nordeste, a presidente Dilma retornou a Brasília, onde a aguardavam seu ministro da Defesa, Celso Amorim, e o comandante da Aeronáutica, brigadeiro Juniti Saito, para uma reunião agendada de última hora. No encontro, a presidente comunicou que havia tomado a decisão sobre o F-X2. Diferente do esperado, a presidente confirmou que o Palácio do Planalto havia optado pela oferta da Saab. O anúncio pegou a Aeronáutica e o Ministério da Defesa de surpresa, pois era dado como certo que qualquer decisão sobre o F-X2 seria tomada após as eleições de outubro. Não por acaso o Comando da Aeronáutica já trabalhava para operar ­temporariamente um lote de ­Lockheed Martin F-16C/D ­Fighting Falcon, que seria adquirido com orçamento próprio, visando a evitar maiores interferências políticas, conforme AERO noticiou em sua edição 234. A pressão dos militares teria precipitado a decisão do governo federal.

De novo e de novo

O anúncio oficial ocorreu no dia seguinte, em plena quarta-feira, quando a imprensa recebeu um comunicado de última hora que informava apenas ser uma reunião com o ministro da Defesa que trataria do F-X2. A opção do governo brasileiro pelo Gripen causou surpresa e pôs fim não apenas em um programa que remonta ao início da década de 1990 como, também, a um impasse político envolvendo os Estados Unidos e a França, com a Suécia atuando como coadjuvante.


Demonstrador de tecnologia do Gripen NG

O programa F-X foi iniciado em 1998, quando a Força Aérea comunicou o governo sobre as condições de obsolescência e sucateamento de praticamente toda sua frota de caças, em especial os Mirage III. Desde 1991, havia sérias preocupações sobre a defasada capacidade dessa aeronave diante dos novos desafios dos conflitos aéreos. Além de buscar um substituto para o Mirage III, com o F-X também se cogitava uma segunda fase, na qual o modelo escolhido substituiria os veteranos Northrop F-5 Tiger II. Após uma série de impasses políticos e técnicos, a FAB optou por modernizar a frota de F-5 e substituir, naquele momento, apenas os Mirage III. O F-X teve como participantes na primeira fase da disputa os caças Dassault Mirage 2000BR – que seria montado no Brasil pela Embraer –, Saab JAS-39 Gripen, Lockheed Martin F-16, Mikoyan MiG-29 e Sukhoi Su-35 – que seria produzido em parceria com a Avibras. Pressões políticas colocaram o Mirage 2000BR como favorito, já que a Dassault, na ocasião, tinha participação acionária na Embraer. Porém, a FAB demonstrava claramente que não desejava operar um modelo que, na época, já era superado. A escolha só ocorreu no final de 2002, quando o então presidente FHC optou pela proposta da Saab, sendo que o contrato deveria ser firmado pelo presidente Lula, que assumiria dali a alguns dias. Entretanto, no primeiro dia de governo, o projeto F-X foi cancelado, sob o argumento de que seus US$ 700 milhões seriam destinados ao programa Fome Zero.

Analistas creditaram a atitude do presidente Lula a uma estratégia política para evitar atritos logo no início do governo. Em seu lugar foi criado o programa F-X2, que contava com uma série de mudanças, como novas exigências na questão da transferência de tecnologia, novos acordos comerciais e estratégicos, assim como novos requisitos técnicos, o que levou a uma nova shortlist. Esta incluía o Boeing F/A-18 Super Hornet, o Dassault Rafale e o Saab Gripen NG. Os novos requisitos da FAB exigiam um vetor de 4ª geração. De acordo com oficiais que participaram da elaboração desta lista, a explicação para aeronaves tão diferentes estava no peso de cada item.

Entre as exigências do novo projeto, cada aspecto técnico tinha um valor. Por exemplo, determinada transferência tecnológica poderia ter um peso maior do que alguma exigência operacional. Da mesma forma, uma questão política poderia ter um peso maior do que o de um aspecto de manutenção, criando um complexo quebra-cabeça. No final, havia três aeronaves e três propostas distintas, cada uma atendendo, para mais ou menos, a cada um dos pré-requisitos.

Na comparação com o f-x, o F-x2 reunia novos requisitos, em especial, maior transferência de tecnologia

À francesa

No segundo mandato do presidente Lula, era clara a vantagem política do Rafale, que contava com o apoio do Palácio do Planalto e do então ministro da Defesa, Nelson Jobim. Um dos motivos era a aproximação estratégica com a França no setor de defesa, que resultou no acordo para a construção de submarinos convencionais e nucleares para a Marinha e na compra de 50 helicópteros Eurocopter EC725 para as três forças. Durante a visita do ex-presidente Nicolas Sarkozy, em 2009, o presidente Lula anunciou que o Rafale era o vencedor, criando um mal-estar tanto no âmbito militar quanto no político. Diante da gafe, o Palácio do Planalto desmentiu o anúncio, alegando que fora apenas um mal-entendido e que as propostas poderiam ser refeitas.    A atitude foi duramente criticada pelos militares e por parte da comunidade internacional. Do lado dos militares existia uma forte resistência ao Rafale, especialmente em função dos elevados custos, do unitário ao operacional. Além disso, algumas alas da FAB mantinham sérias restrições aos equipamentos franceses, em especial por problemas contratuais. Era uma queixa antiga. Em 1978, o então comandante do Estado-Maior da Armada, almirante Gualter Magalhães, em documento divulgado recentemente pelo jornal “O Estado de S. Paulo”, indicou a falta de comprometimento da indústria francesa com o Brasil. No documento, o almirante dizia: “Faturam alto e nós ficamos acumulando um arsenal de material de guerra sem ganho algum, porque a caixa-preta eles não nos dão. Então, não interessa”. Nos bastidores, o Comando da Aeronáutica desconfiava da transferência total e irrestrita que constava no documento do Consórcio Rafale.

Do lado político, algumas ações de Paris não agradavam ao governo brasileiro, como a crítica pública sobre as relações que o Brasil mantinha com nações como a Líbia. No plano interno, a base aliada do governo brasileiro não via com bons olhos o poderoso lobby francês instalado na alta cúpula do governo. Mesmo com o visível descontentamento em diversos segmentos com a proposta francesa, a shortlist se manteve inalterada, e se prorrogou na gestão da presidente Dilma Rousseff. Porém, a presidente, após analisar as propostas, passou a ter preferência pela oferta da Boeing, em especial por permitir uma aproximação estratégica com Washington. Para os militares, a proposta norte-americana tinha como vantagem o modelo operacional, tradicional no Brasil e, de acordo com oficiais, base da padronização de toda a FAB. Mesmo assim, havia o temor de o congresso americano não autorizar a exportação de armas ou mesmo aceitar a transferência de tecnologia solicitada.


O Gripen Demo NG taxia em frente ao F/A-18 da Suíça

Hora do troco

Dado como certo, o acordo com os EUA desapareceu no ar diante do escândalo de espionagem na internet revelado pelo ex-analista da NSA, Edward Snowden. A espionagem de documentos sigilosos do governo brasileiro foi justificada pela Casa Branca como “inteligência com foco na segurança nacional”. O mal-estar, que já era grande, ficou pior quando veio à tona que a Petrobras também havia sido alvo, confirmando a desconfiança de Dilma, que já havia afirmado a interlocutores que acreditava que o interesse da NSA era mais econômico do que de segurança. A assinatura do contrato deveria ocorrer em Washington, em outubro último, durante uma visita da presidente Dilma, porém, a viagem acabou cancelada como forma de represália. Na ocasião, a presidente da Boeing no Brasil, a ex-embaixadora norte-americana Donna Hrinak, afirmou: “Esperávamos que a visita de estado sinalizasse que o Brasil e os EUA quisessem o tipo de parceira estratégica que tornasse possível para o Brasil decidir a nosso favor”. Hrinak acreditava que o adiamento da visita significaria apenas a postergação da assinatura. Mais um percalço diante de uma espera de 15 anos. No entanto, dias depois estava claro que a posição da Boeing não era confortável, fato que chamou atenção da Dassault: os franceses viram nisso a oportunidade final para convencer o governo brasileiro a adquirir o Rafale. Quando o presidente francês, François Hollande, desembarcou no Brasil, em 12 de dezembro – apenas cinco dias antes do anúncio do vencedor do F-X2 –, entre os principais membros da comitiva estava Éric Trappier, presidente da Dassault. Os franceses apostavam na excelente relação diplomática com o Brasil, assim como no peso dos acordos militares em curso como forma de convencer o governo local a optar pelo seu caça. Enquanto Hollande participava de reuniões políticas, nas quais apoiava a descentralização da internet, dentro do projeto proposto pelo governo brasileiro na ONU, Trappier se reunia com militares e políticos para esclarecer detalhes técnicos, políticos e financeiros. No último dia, Hollande recebeu o ex-presidente Lula na embaixada da França para uma reunião reservada.

Todavia, o Palácio do Planalto não havia digerido o fato de a França não ter apoiado o Brasil para o Conselho de Segurança na ONU e ainda enfrentava as críticas dos militares em relação ao processo de aquisição dos 50 helicópteros EC725. Ainda assim, ao deixar o Brasil, fontes confirmaram a AERO que a comitiva francesa dava como certa a vitória do Rafale. Ao ser anunciada a Saab como vencedora do F-X2, os ânimos na França não foram dos melhores. O comunicado à imprensa divulgado pela Dassault horas depois criticou veementemente a decisão brasileira: “Lamentamos que a escolha tenha sido pelo Gripen, dotado de inúmeros equipamentos originais de terceiros, notadamente americanos. Ele não pertence à mesma categoria que o Rafale”. Os franceses ainda afirmaram que o caça sueco, por ser um avião menor e monomotor, não era equivalente em termos de desempenho e de preço, além de discordarem do argumento quanto aos custos. “A lógica financeira não leva em conta a relação de custo-benefício favorável ao Rafale, ou o nível de tecnologia disponível”, continuou o comunicado. O teor foi posteriormente endossado pelo ministro francês de Defesa, Jean-Yves Le Drian, que declarou à rádio Europe 1 que o contrato com o Brasil jamais foi prioritário. “Isso não é um fracasso. É uma decepção em um objetivo que não era prioridade”, afirmou. “O Brasil não era nosso objetivo prioritário para vender o Rafale. Existem outros, como Índia e (países do) Golfo Pérsico, onde estou convencido de que teremos bons resultados”, completou. A reação francesa causou surpresa no meio político brasileiro, que não esperava uma resposta tão agressiva por parte de um país considerado parceiro estratégico.

Serão investidos R$ 4,5 bilhões num cronograma que se estenderá até 2023

A Boeing, que pode ser considerada a maior vítima colateral da espionagem norte-americana, manteve a diplomacia, em especial devido aos projetos que mantém no país, como a parceria com a Embraer no programa KC-390. Em nota, a empresa afirmou: “Embora decepcionante para a Boeing, a decisão, de forma alguma diminui o comprometimento da empresa em expandir sua presença, ampliar suas parcerias e apoiar as necessidades do Brasil em termos de segurança. Nas próximas semanas nós trabalharemos com a Força Aérea Brasileira (FAB) para entender melhor sua decisão. Nossa participação na concorrência F-X2 ofereceu a oportunidade de estabelecer parcerias importantes e colaboração com a indústria e o governo brasileiro, as quais continuaremos a expandir independentemente da decisão do F-X2”. O fracasso da Boeing no F-X2 foi tema de artigos da imprensa internacional, com destaque para a reportagem publicada pelo jornal britânico Financial Times. Com o título “Boeing esnobada pelo Brasil, que opta por caças Saab em meio ao caso NSA”, o jornal escreveu que a decisão de Brasília é uma amarga derrota para a norte-americana Boeing e a francesa Dassault, já que ambas perderam um contrato bilionário para a Saab, uma empresa muito menor e sem um grande histórico de cooperação com o Brasil.

2018 logo ali

Sobre a decisão do governo federal pelo Gripen NG, o ministro Celso Amorim declarou que a vitória da proposta sueca ocorreu por questões de caráter técnico. “A escolha foi objeto de estudos e ponderações muito cuidadosas e levou em conta performance, transferência efetiva de tecnologia e custos não só de aquisição como de manutenção. A escolha se baseou nesses três fatores”, disse. De acordo com o comandante da Aeronáutica, brigadeiro Juniti Saito, aspectos relativos às contrapartidas comerciais (offsets) oferecidas pela Saab, de acordo com o disposto na END (Estratégia Nacional de Defesa), também foram determinantes.

A escolha técnica não significou que a Saab ficou parada durante os anos em que esteve em desvantagem perante Dassault e Boeing. Com colaboração da montadora de caminhões Scania, instalada no ABC Paulista, a Saab apresentou propostas de parcerias para empresas locais (leia mais no box). Em caso de vitória, a fabricação quase imediata de peças e componentes da seção central da fuselagem estaria viabilizada. A empresa também investiu na criação de um polo tecnológico ligada à nova Universidade Federal do ABC. Essas vantagens atraíram o apoio da prefeitura de São Bernardo, comandada por Luiz Marinho, petista e ex-ministro da Previdência de Lula, de quem é “cria”, figura política forte no partido. Marinho chegou a visitar a sede da empresa, na Suécia, e encampou o Gripen em sua agenda, de olho nas vantagens políticas para si – é potencial candidato ao governo estadual, provavelmente em 2018 – e econômicas para sua cidade. Por isso, quando foi feito o anúncio, parte dos parceiros locais estava pré-definida. O que explica a declaração do comandante da Aeronáutica: “Temos várias indústrias que se ofereceram para contribuir ao desenvolvimento do caça”.

A oferta vencedora engloba o fornecimento de 36 aeronaves, embora exista a possibilidade de o Brasil adquirir até 120 aviões em contratos de longo prazo posteriores. Os investimentos atuais são da ordem de US$ 4,5 bilhões, em um cronograma de desembolso que se estenderá até 2023. A primeira aeronave tem previsão de entrega para o final de 2018, 48 meses após a assinatura do contrato, que deve ocorrer em dezembro de 2014. Após tanta espera, o F-X2 taxia para a decolagem.

Colaborou André Vargas

Da Suécia para o ABC

Com suporte da conterrânea Scania, a Saab montará sua planta em São Bernardo do Campo, do prefeito Luiz Marinho, ex-ministro de Lula e virtual candidato petista ao governo de São Paulo em 2018, às vésperas da entrada em operação dos Gripen no Brasil

O prefeito de São Bernardo do Campo, Luiz Marinho (PT), desde meados de 2008, trabalha em favor de uma parceria com a Saab e vinha negociando uma série de acordos com os suecos. O governo de São Bernardo do Campo, que tem grande influência dentro do diretório nacional do PT, fechou ao longo dos últimos anos uma série de acordos com a Saab, incluindo o compromisso de instalar uma unidade fabril na cidade, acordo que era independente do F-X2. Pelo pacto, a Saab montaria uma fábrica no município com foco no setor aeroespacial e defesa, visando a participar desse mercado no Brasil e na América Latina. Tal acordo foi fechado durante o último Paris Air Show, quando Marinho se reuniu com o presidente da Saab, Hakan Buskeh, para discutir os novos rumos da parceria. O lobby se estendia, ainda, ao âmbito governamental, quando Marinho recepcionou o rei Gustav, da Suécia, em visita ao Brasil. Em 2010, foi formalizado um acordo de R$ 50 milhões, segundo o qual a Suécia criaria em São Bernardo do Campo o chamado Centro de Inovação Suécia-Brasil, que foi inaugurado em maio de 2011 e envolve pesquisas no setor de defesa e aeronáutica, tendo como parceiros diversas universidades, institutos e algumas indústrias. Com a vitória do Gripen, a Saab construirá uma planta industrial, responsável, inicialmente, pela produção das asas, num terreno localizado entre as rodovias Anchieta e Imigrantes. Além disso, a parceria pode incluir as demais cidades do ABCD (Santo André, São Bernardo do Campo, São Caetano do Sul e Diadema) na produção de componentes do novo caça. A parceria entre as cidades do ABCD é histórica e atualmente conta com forte tradição, especialmente no setor automotivo. Os investimentos previstos para a nova unidade, que deve empregar até 5.800 pessoas, são de US$ 150 milhões na fase inicial.

No Brasil, a parceria com a Saab remonta à década de 1990, época em que a então Ericsson, que hoje integra a Saab Eletrônica e Defesa, foi escolhida para fornecer todos os sensores e sistemas de radar do projeto EMB 145 AEW&C. Uma das virtudes do projeto sueco era o radar multimissão Ericsson PS-890 Erieye, de antena plana, que dispensava o formato de antena giratória, comum em plataformas AEW&C. O radar com varredura eletrônica ativa, quando voa a altitude de 7.620 m (25.000 pés), tem raio de varredura superior a 350 km. Seus 192 módulos de transmissão e recepção permitem uma redução significativa no peso e possibilita, ainda, rastrear e acompanhar pequenas aeronaves, míssil de cruzeiro e até mesmo pequenas embarcações.

A Saab também vem buscando nos últimos anos aumentar sua presença no país, atuando até no setor aeroportuário. Em novembro de 2013, um consórcio liderado pela empresa assinou um contrato de R$ 15,9 milhões com a Infraero para fornecimento de equipamentos de monitoramento para os aeroportos do Galeão e Afonso Pena. A Saab vai fornecer o sistema A3000, de controle e orientação de movimento na superfície (surface movement guidance & control system), que auxilia os controladores de tráfego aéreo no acompanhamento da movimentação de aeronaves e demais veículos em solo. Também em 2013, a Saab foi contratada para atualizar os sistemas Erieye, num contrato estimado em US$ 59 milhões. A Saab já foi sócia da Scania, tradicional fabricante de caminhões e com ampla participação no mercado brasileiro.

Gripen NG F-X2 Força Aérea Brasileira F/A-18 Super Hornet F-X Saab JAS-39 Gripen Dilma