Redação Publicado em 29/01/2013, às 06h36 - Atualizado em 27/07/2013, às 18h45
André Danita (esq.) e Mozart Louzada no simulador do Legacy 500 |
Com a consolidação da elevação do preço do barril de petróleo no mercado internacional e a desvalorização do real frente ao dólar, o impacto do combustível de aviação nos custos operacionais das empresas aéreas brasileiras superou os 40% em 2012. Sem possibilidade de aumentar demais o preço de seus bilhetes para não perder os passageiros que atraiu do modal rodoviário, as companhias nacionais buscam soluções para ajustar suas planilhas no quesito querosene de aviação. Nesta edição, esmiuçamos o tema. Em um especial com 20 páginas, esclarecemos questões com informações que muitos davam como inacessíveis e abrimos espaço para que os diversos agentes envolvidas no debate se manifestem. Esperamos que sirva de referência tanto para donos de aeronaves leves que buscam operar com mais eficiência como para empresas aéreas que perseguem o aumento da competitividade.
Estampa a capa de AERO o Legacy 500. A continuidade dos testes em voo do novo jato executivo da Embraer representa um sinal positivo para o Brasil. Mostra que sua indústria se prepara para assumir um protagonismo também no segmento das aeronaves de negócio. Trata-se do avião mais leve já fabricado com sistema full fly-by-wire, um marco tecnológico para o setor. E foi essa tecnologia que testamos no simulador da Embraer, em São José dos Campos (SP), ao lado do piloto de testes Mozart Louzada, comandante do voo inaugural do Legacy 500.
Ainda nesta edição, abordamos a situação delicada envolvendo o Boeing 787. Uma sequência de incidentes levou a FAA a suspender as decolagens do revolucionário avião, feito em compósito, nos Estados Unidos, medida que foi seguida por outros operadores do Dreamliner. Além do desafio de lidar com uma nova tecnologia, a das baterias de íon-lítio, o episódio mostra o senso de responsabilidade da agência norte-americana de aviação, que colocou a segurança acima de qualquer outra prioridade. Não é à toa que a FAA é referência para o mundo e merece o reconhecimento da comunidade aeronáutica ao "groundear" a principal aposta do maior fabricante de aviões dos Estados Unidos. Um exemplo de seriedade a ser seguido.
Bom voo,
Giuliano Agmont e Christian Burgos