Embraer apresentou o C-390 para o comandante da força aérea da Holanda que pilotou o avião e elogiou suas características de voo
Por André Magalhães Publicado em 15/09/2022, às 09h50
O comandante da Real Força Aérea da Holanda (KLu, na sigla em holandês), Dennis Luyt, voou no demonstrador do C-390 da Embraer. O avião está realizando extenso tour por vários países europeus e fez uma visita a força aérea holandesa.
O voo ocorreu no último dia 12, quando o comandante Luyt pode conhecer de perto o C-390, inclusive pilotando o avião durante parte do tempo.
"Um belo vislumbre do futuro da Mobilidade Aérea para o Ministério da Defesa e a Força Aérea Real da Holanda. A maior parte da viagem no assento certo, felizmente com um sidestick, então parecia um F-16 (um pouco mais pesado)", escreveu Luyt em sua conta pessoa no Twitter.
Dois dias antes, o C-390 vistiou a base aérea de Vliegbasis Eindhoven, lar dos atuais C-130 Hercules em uso pela Holanda.
A Holanda irá adquirir cinco aviões C-390 Millennium para substituir os antigos Lockheed C-130 Hercules. No entanto, o a força aérea do deverá optar pela versão sem a capacidade de reabastecimento em voo, caracterizado pela letra "K". Ainda assim, o C-390 manterá sua capacidade de ser reabastecido em voo.
A Holanda é a terceira nação membro da Otan a optar pelo o avião brasileiro, após Portugal e Hungria. A escolha do C-390 pela Holanda incluiu ainda uma série de acordos industriais e comerciais, formalizados anteriormente entre a Embraer e fabricantes locais do setor aeroespacial.
O primeiro KC-390 português passou recentemente por testes para garantir a certificação dentro dos padrões da Força Aérea Portuguesa (FAP) e da Otan. Os ensaios em voo estão sendo realizados na unidade da Embraer, em Gavião Peixoto, no interior de São Paulo. Durante a campanha de ensaios uma vasta gama de processos técnicos de voo e certificação ocorrem.
No Brasil, a FAB já está operando cinco KC-390 e algumas missões de destaque foram feitas, incluindo o lançamento de cargas na Antártica em apoio aos militares e cientistas da Estação Brasileira Comandante Ferraz, que no inverno só tem condições de receber suprimentos lançados por via aérea.