Apenas fragmentos foram encontrados na costa africana, distante milhares de quilômetros da rota original
Por Edmundo Ubiratan | Foto: Divulgação Publicado em 08/03/2019, às 22h27 - Atualizado às 22h39
Após cinco anos do desaparecimento do voo MH370, da Malaysia Airlines, pouco foi descoberto. A única certeza é que o avião mergulhou no oceano indico.
A primeira confirmação da queda ocorreu em julho de 2015, quando um fragmento do Boeing 777, matrícula 9M-MRO, foi encontrado em uma praia na Ilha de Reunião, no Oceano Índico. A possível área a queda se ampliou para impressionantes 950.000 km², maior que a área da Nigéria.
Até o final de 2015 as autoridades da Malásia confirmaram que 27 partes de avião haviam sido localizadas em seis países da África, sendo três partes confirmadas como pertencentes ao avião que realizava o voo MH370. As três partes confirmadas foram encontradas na ilha Reunião, Ilhas Mauricio e Tanzânia, demonstrando a influência das correntes marítimas no deslocamento dos componentes.
Analistas e especialistas aeronáuticos e marinhos passaram a tentar estudar pelo material orgânico contido nos fragmentos quais possíveis rotas tais partes fizeram antes de chegar as praias. A intenção era tentar uma triangulação para aproximar o locar provável da queda.
O voo MH370, que desapareceu em 8 de março de 2014, partindo de Kuala Lumpur, na Malásia, com destino a Pequim, na China, sumiu após mudar repentinamente o curso.
Em janeiro de 2017, Austrália, China e Malásia coordenavam uma missão de busca em uma área que chegou a abranger 120.000 km² do Oceano Índico. Com custo de US$ 159 milhões, o esforço não resultou em nenhuma pista do local da queda. Os planos para resgatar os destroços e, eventualmente, os gravadores de dados de voo e de voz da cabine foram finalizados e envolveram agências malaias e australianas.
Os investigadores se dividem entre aqueles que acreditam que o MH370 sofreu uma falha catastrófica e os que apostam que o Boeing 777-200ER, de matrícula 9M-MRO, foi desviado de sua rota original, passando a voar sem rumo sobre o Oceano Índico, numa missão suicida.
Em 2018, a última tentativa ocorreu quando a Malásia concordou em pagar US$ 70 milhões à empresa Ocean Infinity, caso fosse encontrado os restos do Boeing 777, em um prazo de 90 dias. O navio norueguês Seabed Constructor, especializado em buscas submarinas, iniciou os trabalhos em 23 de janeiro, atuando em uma área de 25.000 km², localizada próxima zona explorada anteriormente, no sul do Oceano Índico. A redução no perímetro de busca se baseou nos dados obtidos com os destroços, como espécies de vida marinha localizadas na superfície dos fragmentos encontrados, aliado a suposta área de maior chance de sobrevoo nos minutos finais. O contrato do tipo de "no cure no pay" (se não salvar, não recebe), foi firmado, onde a empresa só receberia caso tivesse dado concretos do local da queda. O modelo de negócio é comum na indústria de recuperação de navios naufragados, mas a missão de 90 dias não obteve nenhum dado.
Em 2018, a última tentativa ocorreu quando a Malásia concordou em pagar US$ 70 milhões à empresa Ocean Infinity, caso fosse encontrado os restos do Boeing 777, em um prazo de 90 dias. O navio norueguês Seabed Constructor, especializado em buscas submarinas, iniciou os trabalhos em 23 de janeiro, atuando em uma área de 25.000 km², localizada próxima zona explorada anteriormente, no sul do Oceano Índico. A redução no perímetro de busca se baseou nos dados obtidos com os destroços, como espécies de vida marinha localizadas na superfície dos fragmentos encontrados, aliado a suposta área de maior chance de sobrevoo nos minutos finais. O contrato do tipo de "no cure no pay" (se não salvar, não recebe), foi firmado, onde a empresa só receberia caso tivesse dado concretos do local da queda. O modelo de negócio é comum na indústria de recuperação de navios naufragados, mas a missão de 90 dias não obteve nenhum dado.