O serviço oferece aos pilotos e passageiros todo o suporte em terra, a autorização para pouso, hangaragem, o traslado para hotel ou outro lugar e cuida ainda da manutenção da aeronave em solo
Redação Publicado em 29/10/2013, às 13h00 - Atualizado em 11/11/2014, às 11h34
O Brasil possui a segunda maior frota de aviação geral do mundo, sendo a maior de helicópteros, e vive um momento especial, com economia em expansão e um calendário de grandes eventos esportivos para os próximos anos. Tal fato tem levado o país a observar o surgimento dos primeiros FBO (Fixed Base Operator), um mercado que não para de crescer.
O FBO oferece aos pilotos e passageiros todo o suporte em terra, a autorização para pouso, hangaragem, o traslado para hotel ou outro lugar e cuida ainda da manutenção da aeronave em solo, abastecimento, limpeza, catering etc. Para isso, conta com espaços distintos para passageiros e tripulantes, pois estes últimos costumam ficar por mais horas no mesmo lugar, o que exige um maior suporte de descanso e de comunicação. É um FBO quem recomenda o melhor aeroporto para o pouso de uma aeronave vinda do exterior, orienta a respeito das regras de imigração e dos serviços disponíveis. “Já começamos a sentir um movimento forte para a construção de hangares para FBO em diversos aeroportos brasileiros, mas é só o começo, com os aeroportos privados esta demanda vai ser ainda maior”, disse Ernani Maia, arquiteto especializado em aviação e sócio do Maia Projetos e Gerenciamentos, que projetou o primeiro FBO de uma grande empresa de aviação brasileira.
Segundo Maia, estes espaços tendem a ser maiores e muito mais completos do que um simples hangar. São centro de serviços, com vários hangares, salas Vip, escritórios administrativos, salas de reunião, suítes e serviços de apoio para as aeronaves, tais como manutenção não-programada, reparos e serviços. “Projetar um FBO requer profundo conhecimento de mercado e dos negócios que gravitam em torno da aviação executiva”, disse Maia. Para o arquiteto, a funcionalidade de um centro de serviços não pode ser esquecida, pois o foco é a prestação de serviços para passageiros e pilotos, mas é preciso levar em conta as facilidades, a estrutura, a eficiência energética e outros tantos itens que vão garantir não só o conforto de quem usa o FBO, mas a viabilidade econômica do centro de serviços.