Retração na demanda na Rússia e China afeta produção dos modelos
Redação Publicado em 11/05/2015, às 16h00 - Atualizado às 16h40
A Bombardier planeja reduzir ainda este ano a produção dos seus jatos de ultralongo alcance Global 5000 e Global 6000. A justificativa se deve a retração na demanda por aeronaves dessa categoria. De acordo com Alain Bellemare, presidente e CEO da empresa, o ajuste não deve afetar o ritmo de entregas deste ano, porém é necessário diante da redução do mercado da aviação de negócios observado na Rússia, China e outros países emergentes, mercados com grande preferência por aeronaves de alcance ultralongo.
Os maiores membros da família, os Global 7000 e 8000, ainda em fase de desenvolvimento, sofrem especulações sobre sua viabilidade e aos atrasos no início da produção. Segundo Bellemare, a redução na produção dos modelos menores não afeta os dois produtos, que contam com uma carteira de encomendas “muito significativa”. Perguntado se os Global 7000 e 8000 poderão entrar em serviço em 2016 e 2017, Bellemare respondeu que “neste momento não cabiam comentários sobre os dois modelos”. Acrescentou, porém, que o primeiro protótipo do Global 7000 já teve sua fuselagem unida as asas.
Atualmente o fabricante canadense enfrenta alguns problemas com demais modelos, incluindo a família de aviões regionais CSeries, que acumulam vários meses de atrasos e nenhuma perspectiva da entrega do primeiro exemplar, assim como os jatos de negócios Learjet 85, que teve o programa suspenso recentemente,
Durante o primeiro trimestre desse ano, a Bombardier Business Aircraft entregou 45 aviões, sendo nove Learjet 70/75; 14 Challenger 300/350; cinco Challenger 605 e 17 Global 5000/6000. No período a Bombardier registrou 19 encomendas, ante 46 no ano anterior. A carteira dos jatos de negócios era US$23,4 bilhões em 31 de março, comparado com os US$24 bilhões do final de 2014.