Acordo de US$ 105 milhões inclui slots, 30 aviões da Airbus e certificado de operação
Por: Edmundo Ubiratan Publicado em 11/03/2019, às 16h00 - Atualizado às 17h13
A Azul assinou uma proposta não-vinculante no valor de US$ 105 milhões para a aquisição de diversos ativos da Avianca Brasil, através de uma Unidade Produtiva Isolada (UPI), que será uma nova empresa derivada da Avianca, que receberá parte dos ativos da companhia.
Dentro do processo de recuperação judicial a UPI incluirá ativos selecionados pela Azul como o certificado de operador de transporte aéreo da Avianca Brasil (Cheta), 70 pares de slots e aproximadamente 30 aeronaves Airbus A320.
Em comunicado oficial, a Azul ressalta que o processo não envolve a compra da Avianca, mas de uma empresa criada apenas para repassar tais ativos. “Destacamos que o acordo é não-vinculante e que o processo de aquisição da UPI está sujeito à uma série de condições como a conclusão de um processo de diligência, a aprovação de órgãos reguladores e credores, assim como a conclusão do processo de Recuperação Judicial”.
O processo é similar ao criado para salvar a Varig, com a diferença que na ocasião todos os ativos, incluindo rotas, aviões, slots, espaços nos aeroportos, entre outros, foram compulsoriamente repassados a chamada “Nova Varig”. No processo da Avianca, a empresa optou por ceder alguns ativos a uma nova empresa, que será vendida para a Azul.
A Avianca afirmou que a revisão do plano de recuperação judicial será apresentada nos próximos dias, dentro da nova organização planejada. A empresa entrou em recuperação judicial em dezembro de 2018, após uma série de empresas de leasing pedirem a remotada judicial dos aviões. Na ocasião a Avianca acumulava dividas declaradas na ordem de R$ 493,8 milhões.