Além da liberação do financiamento, a Azul protocolou um acordo com a principal credora em passivos, o que poderá gerar uma economia superior a US$ 1 bilhão
Por Marcel Cardoso Publicado em 25/07/2025, às 08h37
A Azul Linhas Aéreas obteve na última quinta-feira (25), a aprovação final do Tribunal dos Estados Unidos para as principais petições do seu processo de recuperação judicial sob o Chapter 11, incluindo o financiamento debtor-in-possession, DIP, no valor de US$ 1,6 bilhão.
A decisão foi tomada sem objeções, consolidando o apoio jurídico e financeiro necessário para a continuidade das operações da companhia aérea durante sua reestruturação.
A aprovação do financiamento DIP permite que a Azul mantenha sua liquidez enquanto implementa um plano de transformação operacional. A empresa destacou que os recursos, somados ao fluxo de caixa atual e ao apoio contínuo de parceiros estratégicos, asseguram a manutenção do serviço aéreo no Brasil e no exterior, sem interrupções.
Além da liberação do financiamento, a Azul protocolou um acordo com a AerCap — principal credora em passivos de arrendamento de aeronaves — que poderá gerar uma economia superior a US$ 1 bilhão (R$ 5,53 bilhões), conforme estimativas internas. A proposta será analisada em audiência marcada para 13 de agosto. Também foi autorizada a rejeição de dois contratos de motores inativos, medida que não afeta a frota ativa nem as operações comerciais.
Segundo John Rodgerson, CEO da Azul, a aprovação reflete a robustez do modelo de negócios e o comprometimento de tripulantes, clientes e parceiros com a empresa. A reestruturação visa consolidar a Azul como uma companhia aérea mais eficiente e competitiva no setor, marcado por alta volatilidade e margens estreitas.
As decisões recentes sinalizam o avanço de uma estratégia centrada na sustentabilidade financeira de longo prazo, com foco na otimização da frota e na redução de custos operacionais.