Avião executivo colidiu com objeto desconhecido durante voo

Um Gulfstream G550 colidiu com um objeto não identificado durante um voo a 27.000 pés de altitude

Por Marcel Cardoso Publicado em 09/01/2025, às 09h05

Reguladores norte-americanos podem estar minimizando o incidente para evitarem uma investigação formal - Divulgação

Um Gulfstream G550 teria se envolvido em uma colisão com um objeto não identificado a 27.000 pés de altitude, o equivalente a 8.230 metros, no espaço aéreo próximo a Miami, nos Estados Unidos, em dezembro.

O caso, que veio a público recentemente, ocorreu enquanto a aeronave de matrícula N553RB, em operação há vinte anos, seguia do aeroporto executivo de Fort Lauderdale (FXE), no estado norte-americano da Flórida, para o aeroporto do condado de Westchester (HPN), em Nova York. 

De acordo com um relatório da Aviation Safety Network (ASN), da Flight Safety Foundation, uma inspeção pós-voo revelou danos na carenagem do motor direito. Embora colisões com pássaros geralmente aconteçam em altitudes mais baixas, casos raros de impactos em altitudes elevadas, como a 27.000 pés, foram registrados.

A whistleblower came to ASA regarding a mid air collision between a Gulfstream jet and an unidentified metallic object that occurred off the coast of Florida on December 11 at approximately 27,000 feet and resulted in engine failure and an emergency landing.

There are… pic.twitter.com/3HpTrAG4hK

— Ryan Graves (@uncertainvector) January 4, 2025

Ryan Graves, diretor executivo da organização Americans for Safe Aerospace (ASA), falou sobre o incidente publicamente nas redes sociais. Graves disse que a entidade recebeu informações de um denunciante que alegou que o avião colidiu com um objeto não identificado, possivelmente um drone.

Segundo o denunciante, o objeto estaria operando ilegalmente em espaço aéreo restrito, sem transponder ou plano de voo. Graves acrescentou que “o objeto com o qual o jato colidiu não estava transmitindo um código de transponder, e não havia registro de um plano de voo arquivado” e que “não havia indicador biológico de um impacto com pássaro” e que vídeos do motor mostraram “danos metálicos”. 

Ele também expressou preocupação de que agência reguladora da aviação civil dos EUA (FAA) poderia estar minimizando o incidente para evitar uma investigação formal pelo Conselho Nacional de Segurança nos Transportes (NTSB) e dispensar o anúncio público obrigatório.

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