Editorial - Edição 243
Redação Publicado em 30/07/2014, às 00h00 - Atualizado às 19h08
O aeroporto de Congonhas sedia mais uma vez o maior evento de aviação executiva da América Latina. Os principais fabricantes expõem em São Paulo máquinas de diferentes portes para as mais variadas missões voltadas ao dia a dia dos negócios. A Labace consolida em 2014 a emergência de uma nova safra de aeronaves leves nascidas neste século digital, depois de uma impressionante sequência de lançamentos nos últimos anos. No que diz respeito às vendas, em um ano atípico, com Copa do Mundo e eleições presidenciais, o mercado se mantém apreensivo, mas a indústria demonstra confiança no vigor do Brasil, um país altamente dependente da aviação geral para transportar com rapidez, conforto, segurança e privacidade passageiros responsáveis por movimentar a economia nacional sobre um território de dimensões continentais.
Nas páginas desta AERO também apresentamos os destaques de outro evento aeronáutico de peso, o salão de Farnborough. Lá testemunhamos as espetaculares apresentações em voo dos novos Boeing 787-9 e Airbus A350XWB, além da oficialização do programa A330neo, que antecipamos há alguns meses, em nossa edição 239. Ainda sobre a nova família da Airbus, a neo (nova opção de motores, na sigla em inglês), esmiuçamos a versão A320, que deve decolar em setembro para iniciar seus testes em voo, um marco para a aviação regular.
Ainda nesta edição compilamos um balanço das atividades aéreas durante o mundial de seleções de futebol no Brasil. Os números impressionam e mostram que o país passou no teste, mas ofuscam uma realidade que deve ser mudada: a infraestrutura aeronáutica do país ainda é insuficiente para atender à demanda não apenas das empresas aéreas como também, e principalmente, de pequenos operadores da aviação geral. Muita gente ficou no chão por conta das restrições.
Bom voo,
Giuliano Agmont e Christian Burgos