Aviação de Caça da FAB completa 80 anos

Criado em meio à Segunda Guerra Mundial, o braço de combate da Força Aérea Brasileira é peça-chave na defesa aérea nacional

Por Marcel Cardoso Publicado em 22/04/2025, às 09h43

A data remete a 22 de abril de 1945, quando o 1.º Gavca realizou 44 missões de combate em um único dia - FAB/Arquivo

A Aviação de Caça da Força Aérea Brasileira (FAB) completa 80 anos de operações nesta terça-feira (22). A data remete a 22 de abril de 1945, quando o Primeiro Grupo de Aviação de Caça realizou 44 missões de combate em um único dia, durante a campanha da Itália, na Segunda Guerra Mundial — considerado o maior esforço operacional da FAB no conflito.

Criada em 1944, a Aviação de Caça se consolidou como um dos principais pilares da defesa aérea nacional. Entre suas atribuições estão a interceptação de aeronaves, o apoio aéreo aproximado, o reconhecimento estratégico, a interdição de alvos e missões ofensivas e defensivas em diversos cenários operacionais.

As tripulações contam com o apoio de especialistas em manutenção, armamentos e controle de tráfego aéreo, entre outros profissionais. A atuação conjunta garante a continuidade das operações em tempo real e em diversos cenários.

 

O 1º Gavca foi criado em 1943 e treinado no Panamá e nos Estados Unidos. Posteriormente, foi enviado ao Teatro de Operações Europeu, na Itália, onde seus pilotos operaram aeronaves P-47 Thunderbolt. A unidade participou da Ofensiva da Primavera e recebeu, pelo desempenho, a condecoração norte-americana Presidential Unit Citation, também chamada de "Citação Presidencial de Unidade".

Atualmente, a FAB conta com nove esquadrões de caça, distribuídos em regiões estratégicas do território nacional:

O Esquadrão Joker é responsável pela formação dos novos pilotos de caça.

Os oficiais passam pela Academia da Força Aérea (AFA) e por um processo seletivo. Em seguida, ingressam no curso de especialização do 2°/5° GAV, na Base Aérea de Natal. Nessa fase, recebem instrução para atuação em diferentes tipos de missão e treinamento com a aeronave A-29 Super Tucano.

A doutrina operacional brasileira enfatiza prontidão, disciplina técnica e manutenção da soberania do espaço aéreo.

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