Conferência da ONU sobre meio ambiente leva ao Galeão dezenas de aeronaves governamentais, comerciais e executivas do mundo inteiro
José Luiz Salgueiro Júnior, Do Rio De Janeiro Publicado em 11/07/2012, às 11h47 - Atualizado em 27/07/2013, às 18h45
Boeing 707 do Irã fez um dos 74 pousos extras no Rio de Janeiro
A cidade do Rio de Janeiro sediou durante o mês de junho último a maior conferência das Nações Unidas já realizada para tratar de questões associadas à sustentabilidade ambiental do planeta. A capital fluminense recebeu mais de 100.000 visitantes entre turistas, integrantes de comitivas e chefes de estado de todo o mundo. Tanta movimentação se refletiu no Aeroporto Internacional do Rio de Janeiro, o Galeão, que precisou sofrer restrições e determinou o cancelamento e o remanejamento de voos das principais companhias aéreas brasileiras. Em compensação, o aeroporto recebeu, além de voos regulares lotados, 74 pousos extras de aeronaves governamentais, comerciais e executivas, cumprindo operações não regulares. Dentre eles, passaram pelo Galeão "aves raras", clássicas e modernas, como o Boeing 707 do Irã, o Ilyushin IL-62 de Gâmbia, o Ilyushin IL-96 da Cubana, o McDonnell Douglas MD-87 da Suazilândia, o Boeing 747-400 da Air India, o Boeing 747-400 da Air China, o Boeing 767-200 da Air Zimbabwe, o Boeing 767-300 da Ethiopian, o Boeing 777-200LR da Turkmenistan, o Boeing 777-200LR da Ceiba Intercontinental, o Airbus A330-300 da Garuda Indonesia, o Airbus A340-300 da SriLankan, entre muitos outros.
A Rio+20, como ficou conhecida a conferência, serviu como teste bastante fiel para os eventos que estão por acontecer nos próximos anos no Brasil, em particular a Copa do Mundo de 2014 e as Olimpíadas do Rio de 2016. O aeroporto do Galeão registrou a maior movimentação de aeronaves de sua história e o fator preponderante para o sucesso dessa grande operação, além das restrições impostas previamente, foi o esforço conjunto entre a Infraero, a Força Aérea Brasileira (FAB) e empresas de suporte ao voo que atuam no Galeão.
A Infraero gerenciou a movimentação das comitivas que chegaram em voos regulares e dispôs em áreas remotas e taxiways interrompidas as dezenas de aeronaves extras que ocuparam a área do aeroporto durante o evento, sem prejuízo à operação regular. A Base Aérea do Galeão recebeu as dezenas de comitivas e chefes de estado que chegaram ao Rio em voos oficiais não regulares coordenando a logística, a segurança e as burocracias envolvidas num evento desse porte. Paralelamente, empresas de apoio ao voo disponibilizaram seus equipamentos e atuaram em cooperativa, como uma empresa única, o que aumentou a eficiência e a rapidez nos atendimentos às aeronaves.
Ilyushin IL-62 da Gâmbia | |
Boeing 747 do governo da Coreia do Sul | Airbus A310 da Fuerza Aérea Espanhola |