Crescimento está ligado ao aumentos da frota de monomotores e experimentais
Redação Publicado em 23/02/2015, às 15h00 - Atualizado às 15h04
Crescimento da frota de aeronaves experimentais e monomotores aumenta o interesse por condomínios aeronáuticos no Brasil.
Nos últimos anos os brasileiros descobriram que possuir uma aeronave não é um luxo, mas sim uma forma de otimizar o tempo e facilitar os deslocamentos. Tanto assim, que os condomínios aeronáuticos estão em alta, com muitos optando por construir a casa onde podem ter uma “aeronave na garagem”.
“A distância entre os destinos muda de perspectiva para quem conta com um avião”, explica o arquiteto Ernani Maia, especializado em projetos aeronáuticos. Segundo ele, uma pessoa pode morar a uma hora de voo de casa e ir e vir todos os dias sem muito sofrimento. De carro, viajar 500 ou 600 km seria inviável.
Na visão do especialista, no passado as cidades cresciam perto dos portos, depois das ferrovias, das rodovias, agora, em torno dos aeroportos. “Por isso nada mais natural que as pessoas queiram morar perto de pistas de pouso, assim estão a poucos metros de qualquer lugar do mundo, basta ligar os motores e decolar.”
De acordo com Maia, esta demanda não vem necessariamente dos proprietários de aeronaves de maior alcance ou de jatos mais sofisticados. Mas sim de um perfil de dono de aeronave que começa com um modelo experimental, depois parte para o monomotor e vai trocando de avião para ganhar mais conforto e maior autonomia.
Os dados do Anuário Brasileiro de Aviação Geral, editado pela ABAG (Associação Brasileira de Aviação Geral), reforçam a avaliação de Ernani Maia. De 2012 para 2013, aumentou 29% o número de aeronaves turboélice monomotor, pulando de 248 para 320 unidades registradas no país. Os anfíbios, que são aeronaves experimentais, cresceram 200%. Os dados mais recentes são de 2013, uma nova edição, com os números de 2014, sairá em agosto deste ano. Em 2013, a frota brasileira da aviação geral cresceu 4,9%, chegando a 14.648.