Atual demanda por voos domésticos é a mais baixa dos últimos quatro anos

Redução na atividade econômica provocou queda no número de passageiros

Redação Publicado em 21/10/2016, às 14h00 - Atualizado em 25/10/2016, às 15h48

Os dados das quatro principais empresas aéreas brasileiras mostram uma queda na demanda por voos domésticos no último mês de setembro, recuando 4,4% quando comparado ao mesmo período do ano passado, com 7,1 milhões de passageiros. Esse foi o 14º resultado negativo consecutivo para a estatística. A oferta, em baixa há 13 meses, teve retração de 5% na mesma base de comparação.

Em valores absolutos, a demanda total apurada em setembro é a mais baixa nos últimos seis anos. Para a oferta e para o volume de passageiros transportados, os resultados são os mais fracos desde setembro de 2012. De janeiro a setembro, a oferta já acumula baixa de 6,1%, refletindo a demanda 6,3% menor e a queda de 8% no total de passageiros.

A Gol Linhas Aéreas manteve a liderança no mercado doméstico, com 36,61% de participação; seguida da LATAM com 34,17%. A Azul se manteve estável com 17,23%; seguida pela Avianca com 11,99%. Atualmente as quatro companhias detêm praticamente 99% do mercado doméstico nacional.

O total de cargas para setembro foi de 27,5 mil toneladas em voos realizados dentro do país, uma redução de 3,1% quando comparado ao mesmo período de 2015. Em contrapartida, no segmento internacional, foram 15,3 mil toneladas transportadas, um acréscimo de 4,7% na mesma base de comparação.

Um lado positivo
Embora com um mercado adverso, especialmente por causa do desaquecimento econômico, as empresas aéreas conseguiram manter estável o preço médio dos bilhetes, compensando assim as perdas com a menor demanda. Conforme revelado pela 35ª edição do Relatório Nacional de Tarifas Aéreas da ANAC, o valor pago variou apenas R$ 0,78 (0,2%) em relação ao registrado no primeiro semestre de 2015.

Como consequência, a queda da oferta resultou em aprimoramento de 0,53 ponto percentual do fator de aproveitamento em relação a setembro do ano passado, chegando aos 80,11%. O índice é considerado extremamente positivo em um comparativo com a aviação regular mundial, porém, reflete o reajuste realizado pelas companhias aéreas para manter a rentabilidade.

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