Avião regional chinês recebe certificado que atesta sua qualidade
Redação Publicado em 19/05/2015, às 14h00 - Atualizado às 14h43
O avião regional ARJ21-700 recebeu o Certificado de Produção das autoridades chinesas. O documento permite o início da produção do avião que acumula vários anos de atrasos. O certificado visa atestar que o processo de produção atende os rígidos padrões de qualidade internacionais.
A China vem tentando criar um modelo de projeto, produção e certificação baseado nos parâmetros internacionais, usando como referência a documentação da FAA (Federal Aviation Administration) dos EUA. A certificação do AR21-700 acumulou uma série de atrasos justamente por tentar se adequar ao modelo ocidental. Após 7 anos os chineses conseguiram atender os requisitos e planejam agora iniciar a campanha de vendas internacionais.
Inicialmente a COMAC (Commercial Aircraft Corporation of China) pretende focar seus esforços nos países do sudeste asiático e da África. Ao focar em nações subdesenvolvidas a China garante também apoiar as vendas graças seu poder econômico, já que a maior parte desses países sofrem com acesso a linhas de crédito internacionais.
Recentemente o governo do Congo assinou um MoU (Memorandum of Understanding) para a compra do ARJ-21, que deverá ser empregado pela Air Congo em algumas rotas consideradas estratégicas. Em abril desse ano, uma comissão chinesa visitou a Air Botswana e a Ethiopian Airlines, em busca de novos mercados para o ARJ21-700 e para o futuro C919.
A entrada da China no mercado aeronáutico é vista com ceticismo por analistas internacionais, ainda que nos últimos anos grandes empresas ocidentais, como a Cirrus Aircraft, tenham sido adquiridas por conglomerados chineses.